A senadora de Mato Grosso do Sul Soraya Thronicke vai disputar a presidência do Senado pelo Podemos, em fevereiro de 2025. O anúncio foi feito pela presidente nacional do partido, deputada Renata Abreu (SP), durante evento no sábado (10).
Nunca uma mulher foi eleita para presidir o Senado ou a Câmara. A então senadora Simone Tebet (MDB) foi a primeira a disputar o cargo na Casa Alta, em 2021, mas foi abandonada pelo seu partido e acabou derrotada por Rodrigo Pacheco (DEM-MG), atual presidente.
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Soraya é a primeira candidata oficial na corrida para suceder Pacheco, que deve apoiar o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Além do congressista amapaense e da senadora sul-mato-grossense, estão no páreo Eliziane Gama (PSD-MA) e Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado.
Pacheco não pode ser reeleito, porque já ganhou a Casa duas vezes, em 2021 e 2023. Ambas com o apoio do seu antecessor, Alcolumbre, que agora conta com o apoio do senador por Minas Gerais para voltar a comandar o Congresso.
No evento do Podemos Mulher em São Paulo, no qual Thronicke foi lançada ao comando do Senado, a presidente da sigla, Renata Abreu, enalteceu a postura combativa da senadora.
“Sonhamos, sim, em eleger a 1ª mulher na presidência do Senado […] A gente não vai abaixar a cabeça para senador nenhum”, declarou Abreu no encontro.
Renata Abreu afirmou que a decisão se deu para tentar enfrentar “as forças políticas que há muito tempo dominam o Senado”, alegando a frustração diante do arranjo interno tradicionalmente adotado na Casa.
A presidente da sigla antecipou que pretende iniciar o quanto antes a busca por votos para sua candidata.
Esta é a segunda vez que Soraya Thronicke se lança à presidência de um dos três poderes.
Em 2022, a senadora foi candidata a presidente pelo União Brasil. Saiu das urnas em 5º lugar, com 600.955 votos (0,51%).