Alvo da 25ª fase da Operação Lesa Pátria, o empresário Júlio César Billerbeck dos Santos, 48 anos, colocou tornozeleira eletrônica na manhã desta quinta-feira (29) por determinação do Supremo Tribunal Federal. Apesar de ser investigado por financiar os ataques de 8 de janeiro, nas duas vezes em que disputou eleição, ele declarou não possuir nenhum bem de valor.
César Billerbeck perdeu duas eleições consecutivas pelo PTdoB. Em 2014, ele foi candidato a deputado federal e obteve 874 votos. Dois anos depois, ele foi candidato a vereador de Campo Grande e teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
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Ao ser flagrado na manhã de hoje pelo Campo Grande News deixando a central de monitoramento eletrônico, onde foi colocar o famoso adereço, o empresário ficou furioso. “Cambada de ladrão! Parabéns Brasil”.
Santos foi presidente da Associação de Moradores do Bairro Universitário. Ele tem antecedente criminal, conforme o Tribunal de Justiça. Conforme o inquérito policial, no dia 4 de julho de 2021 Júlio estava em um Audi, quando ameaçou matar outro homem usando uma arma de fogo que carregava na cintura. O crime aconteceu na Rua Pontalina, no Bairro Santo Eugênio.
Conforme a investigação, eles entraram em luta corporal e a vítima conseguiu tomar a arma do bolsonarista, uma pistola Taurus 9mm. A arma foi entregue à polícia e Júlio César acabou firmando acordo de não persecução penal com o Ministério Público, onde admitiu o crime de tentativa de homicídio.
Agora, como alvo da Operação Lesa Pátria, ele teve os bens bloqueados em até R$ 40 milhões. Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.