O PT de Mato Grosso do Sul decidiu reagir ao racha patrocinado pelo ex-governador Zeca do PT e pelo sobrinho, o deputado federal Vander Loubet, e se mostrar unido em torno da candidatura a prefeita da Capital de Camila Jara. Além de rechaçar eventual apoio à superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), a cúpula quer mostrar que está unida e decidida pelo lançamento de candidata própria em Campo Grande.
O nome de Camila foi aprovado pelos diretórios municipal de Campo Grande e regional de Mato Grosso do Sul no ano passado. No entanto, o deputado estadual Zeca do PT decidiu bombardear a decisão do partido. O ex-governador repetiu o movimento de 2022, quando traiu a candidatura de Giselle Marques (PT) e fez campanha para Eduardo Riedel (PSDB) ainda no primeiro turno.
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Com o objetivo de isolar Zeca e Vander, a cúpula petista decidiu convocar uma entrevista coletiva para reafirmar a candidatura de Camila na próxima segunda-feira (19). O evento vai contar com a participação dos presidentes dos diretórios municipal, Agamenon Rodrigues do Prado, e do estadual, Vladimir Ferreira, dos vereadores Luiza Ribeiro e Ayrton de Araújo e dos deputados estaduais Pedro Kemp e Gleice Jane Barbosa.
De acordo com Kemp, a finalidade é “reafirmar a pré-candidatura da Camila à prefeitura, diante das especulações de que o partido poderá apoiar a Rose Modesto”.
“Campo Grande tem eleição em 2 turnos. No primeiro turno cada partido tem a oportunidade de apresentar seu plano de governo e eleger seus vereadores. No caso do PT, além de apresentar nossas propostas, temos a oportunidade de defender os avanços do Governo Lula. Penso que candidatura própria favorece a ampliação da bancada de vereadores”, avaliou o deputado.
“A direção nacional não se opõe a candidatura própria em Campo Grande, destacou Kemp, sobre a decisão de manter o nome de Camila na disputa. Em eventual segundo turno, o partido pode se aliar com Rose ou outro nome mais próximo da esquerda.