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    No Divã Em Paris – Razão e vazio na confabulação do golpe militar de Bolsonaro

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt17/02/20244 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    O golpe militar de 1964 teve preparação interna e externa num jogo marcado pelos interesses multinacionais. A ladainha da direita e extrema direita, apoiada em massa pela Igreja Católica, porque evangélico era minoria e quase nem existia, era de que o país corria risco de comunismo, fazia reforma agrária e dava ênfase na política social.

    O povo, analfabeto político e privado de saber a verdade, acreditou na confabulação ditada pelos militares. Na ocasião Jânio Quadros havia renunciado, João Goulart assumiria sob forte oposição de quem o acusava de comunista justo porque o homem havia recém retornado de viagem à China de Mao Tse Tung.

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    Essa intriga contra a esquerda tem o dedo do Tio Sam. Dos Estados Unidos, onde educação e saúde não é para pobres, vinha uma enxurrada de dólares enviados por organizações comerciais de extrema direita lideradas por David Rockefeller. O instituto brasileiro de ação democrática (IBAD) e o Instituto de pesquisas econômicas e sociais (IPES) são invenções da inteligência americana para fazer sonhar o brasileiro analfabeto político. Os dois institutos eram monitorados pela CIA, era o viés para enviar ilegalmente os dólares para comprar políticos, corromper e instalar a balbúrdia.

    O Brasil era a bola da vez, mas toda a América latina, sem exceção, lia a cartilha e escrevia o que ditava a política americana por imposição. O grande medo dos americanos era de uma expansão cubana, visto que a revolução de 1959 foi um sucesso.

    Aí entra o jogo sujo dos diretores da CIA que passam a usar o poder religioso como trampolim para atingir e anular o crescimento esquerdista brasileiro. A Igreja Católica tinha popularidade. Demonizando a esquerda, basta sair às ruas com terço na mão para as famosas marchas para Jesus.

    O golpe de 1964 se instalou. Toda perseguição, sumiço de opositores, esquadrão da morte, covardia militar assim como a corrupção, era proibido questionar. No sistema militar não há transparência de nada, o dito cujo obedece e baixa a cabeça como um animal que vai ao matadouro.

    A razão deles mora no coturno, na ordem, na força, não há razão. A Igreja Católica que respondia pela CNBB, oito anos depois do golpe, toma a decisão histórica de se tornar oposição aos militares apesar de uma parte, como a Opus Dei e o clero burguês, ainda se ajoelharem ao poder.

    É sabido que em julho de 2022, o presidente reuniu sua cúpula de ministros para confabular a maneira de se manter na cadeira presidencial num discurso tosco, mesclado de palavrões, cujo intuito era impedir a vitória de Lula. Para tanto, todo tipo de ataque era bem-vindo.

    Mas não havia adesão que desse esperança ao desesperado e ele mesmo disse que poderia descer a rampa do Planalto algemado. É sabido também que o ex-presidente é incapaz de dialogar, é limitado e sua aclamação e admiração pelo torturador Ustra basta para ilustrar sua doentia incapacidade de demonstrar empatia.

    Durante seu governo, havia razões para um impeachment pelos inúmeros crimes cometidos, mas o presidente da Câmara, Artur Lira, que comandava o famoso Centrão, recebeu as chaves do cofre, a dinheirama encheu as turras dos deputados federais que não viram crime algum do governo Bolsonaro.

    O chefe da Procuradoria Geral da República, Augusto Aras, também não mexeu o rabo. Conclamar os afoitos para acampar nos quartéis foi a ideia chave do ex-presidente e contar com o apoio dos evangélicos que ele mesmo chamou de gado. A crise de identidade de Bolsonaro não convence nem a metade dos oficiais ao seu plano e seu objetivo de se manter na cadeira presidencial não vinga.

    Se o retorno dos militares para suas casernas em 1985 não teve nenhuma condenação dos torturadores e golpistas por uma série de acertos com os civis para a reinauguração da nova República, a corte suprema não pode incorrer no mesmo erro, todos devem pagar pela tentativa de golpe. Sem anistia!

    Se o golpe militar tivesse tido êxito, o país estaria hoje nas sombras das armas da milícia.  Bolsonaro é saudosista dos tempos em que o povo apanhava nas ruas, morria nas seções de tortura, ele é o cabeça chave das manifestações em frente aos quartéis para um retorno triunfal como presidente para declarar Estado de sítio.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

    coluna de sábado de o jacaré cultura e fim de semana filosofia MÁRIO PINHEIRO NO DIVÃ EM PARIS

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