Na mira da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal por tentar articular um golpe de estado em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve manter a participação no encontro das mulheres liberais em Campo Grande. A vinda do capitão é considerada fundamental a extrema direita no entorno de um nome para disputar a prefeitura da Capital.
Comandado pelo deputado federal Marcos Pollon, o PL está dividido entre lançar o próprio dirigente, o deputado estadual João Henrique Catan (PL) e o deputado cassado Rafael Tavares (PRTB). Apesar de contar com a simpatia de Bolsonaro, conforme manifestação feita em encontro no ano passado, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) não tem o aval da cúpula do PL em Mato Grosso do Sul.
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Nas pesquisas de intenção de voto, os bolsonaristas melhor colocados são Contar e o deputado estadual Coronel David (PL). No entanto, o ex-comandante da Polícia Militar não planeja concorrer ao comando do município pela segunda vez. O coronel foi candidato a prefeito em 2016.
Candidato derrotado no segundo turno das eleições para governador em 2022, Capitão Contar espera ter o apoio de Bolsonaro para disputar a prefeitura pela primeira vez. Ele e Tavares devem trocar o PRTB pelo PL.
Tavares teve a cassação do mandato confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral e deve deixar a Assembleia Legislativa ainda neste mês, conforme expectativa dos deputados estaduais. O PRTB não cumpriu a cota feminina em 2022 e teve todos os votos anulados.
Bolsonaro também pode optar por um nome de fora do grupo. A prefeita Adriane Lopes (PP) aposta no apoio da ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina (PP) para obter a benção do ex-presidente. Nos bastidores, esse apoio é considerado fundamental para garantir a atual chefe do Executivo no segundo turno.
O ex-presidente manteve a agenda na Capital apesar da operação da PF que cumpriu mandados de busca e apreensão em sua casa em Angra dos Reis. Ele é investigado por articular um golpe de estado para impedir a posse de Lula (PT) e continuar no poder. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou recolher o passaporte de Bolsonaro para evitar uma suposta fuga do ex-presidente.