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    No Divã Em Paris – O mundo sobrevive na desesperança do conflito

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt03/02/20244 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    O conceito de angustia abriu as cortinas na cena principal da geopolítica internacional para entrar no coração de gente mal informada e maldosa. A mesquinhez humana é capaz de criar buracos, destruir, depois fugir e lançar um apelo que foi pelo bem.

    É um tipo de separação, de arranjo maniqueísta do bem e do mal que tenta buscar resposta e apoio na frustração melancólica, política, religiosa. Após a catástrofe gerada pelo nazismo, foi atribuído um Estado aos judeus.

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    Que alegria! Que fantástico! Maravilha! Deus existe! À época, vistos como coitadinhos judiados e maltratados, foi considerado como justo. O que é injusto e uma cegueira para muitos, é a completa ignorância e indiferença ao povo que lá estava, os palestinos.

    Atualmente, com todo poder de fogo e ajuda externa, os descendentes dos “antes coitadinhos” passaram a invadir a área do vizinho, controlam com toda parafernália cybernética, e o mundo faz vista grossa, finge não ver. O que é visto como justo para uns tantos, é a injustiça para outros.

    A esperança de um sufoca esperança de outro, reina então a desesperança. A crise existencial de quem nutre a indiferença mata mais do que quem morre no endereço das bombas e de atiradores de elite. As virtudes vistas e revistas pelo mundo apegado aos bons costumes joga no lixo o próprio humanismo quando apoia a desesperança dos infelizes, é o paradoxo do bem e do mal.

    Colocar uma multidão numa terra é uma prova de humanismo. O povo encontrou um lugar onde descansar a cabeça e sentar a bunda. Mas o vento muda de direção e não é necessário ser sábio para encontrar o jogo dos erros. A ironia do destino é o que vemos hoje, o desespero angustiante de quem teve de partir às pressas, sob ameaças, uma trouxa de roupas nas costas, carrinho de mão levando panela, fogão, pratos e outros utensílios, gente que perdeu a casa onde vivia, completamente arrasada por drones e poderosas bombas, não encontram sossego e segurança na fronteira com o Egito porque há bombardeios.

    Quem foi obrigado a partir não pode voltar porque o local está ocupado pelos gentis soldados de Israel. O irônico e sínico é que o opressor atira em campos de refugiados, escolas e hospitais, depois envia o discurso de que havia infiltrados. Se for realmente para eliminar infiltrados, os do Mossad estão por toda parte, assim como os da CIA.

    Desespero gera angustia, angustia não promove a vida, mas a morte. Se a esperança, dizem, é a última que morre, os grupos radicais islâmicos com determinação terrorista, hoje detestados, nasceram de erros do Ocidente.

    Por exemplo, se alguém ainda lembra de Saddam Hussein e Muamar Kadafi, eles eram califas, controlavam os afoitos e raivosos do mundo muçulmano. Mas e o Hamas?  Indo para a filosofia existencialista, não se nasce, torna-se. É um grupo terrorista! Talvez, pode até ser, mas quem financiou e criou este grupo no intuito de dividir o povo palestino foi Israel, esta é a maior ironia da história.

    Por falar de ironia, Arthur Schopenhauer defendeu sua tese de filosofia sobre este tema que passa a inspirar Sören Kierkegaard a escrever sobre o desespero. Ironia e desespero estão interligados pelo viés do ser humano, que por si, é espiritual.

    Sendo espiritual, a tendência é a transcendência, é ultrapassar os próprios problemas. Ninguém suporta, ninguém aguenta viver ao lado de quem somente oprime, isso gera divórcio, separação e ódio voraz. Ninguém pode viver de vingança, vingança é o oposto daquilo que une dois lados, o amor.

    CIA e Mossad não possuem sentimentos, são grupos que matam friamente, separam, arquitetam, se infiltram, destroem. O boletim de suas ações, de forma corporativista, protege os assassinos que agiram pelo bem da maioria. Em suma, eles ajudam a plantar a desesperança.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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