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    Estudantes com boas notas no Enem e outros vestibulares viram vítimas do zero na UFMS

    Richelieu de CarloBy Richelieu de Carlo18/01/20245 Mins Read
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    Jalbas Neto estudou com o professor Sérgio Campos em cursinho pré-vestibular (Foto: Arquivo Pessoal)

    A divulgação da nota da redação do Enem causou ainda mais indignação em alguns dos seis mil estudantes que tiveram o texto zerado no vestibular 2024 da UFMS. Após conquistarem mais de 900 pontos na avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio, a sensação de injustiça ficou maior, além de sonhos que foram “quebrados”.

    Um desses estudantes é o campo-grandense Jalbas Soares Macedo Neto, 17 anos, que disputa uma vaga no concorrido curso de Medicina. Os resultados individuais do Enem 2023 foram divulgados na terça-feira (16), o adolescente alcançou 900 na redação. Porém, não havia espaço para comemoração, pois ele foi um dos que zeraram a avaliação da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Cultura).

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    As notas da seleção da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foram conhecidas no dia 11 de janeiro. Para 6.604 estudantes que tiraram zero na redação, o sonho de entrar na instituição se desfez. O bom resultado no Enem só deixou a situação mais trágica.  

    Entre as etapas do vestibular da UFMS, os postulantes tiveram que produzir um texto dissertativo relacionado ao “direito de acesso à arte como condição humana”, na versão impressa, de responsabilidade da Fapec.

    Nenhum candidato tirou a pontuação máxima, e a Fundação afirma que os que zeraram, não cumpriram critérios básicos na estrutura do texto, como adequação ao tema, organização textual, estrutura dissertativo-argumentativa, coesão e emprego da norma padrão.

    O vestibular da UFMS teve 14.701 participantes, ou seja, 42,6% obtiveram nota zero na redação. Jalbas Soares Neto seria um dos que fugiu da “tipologia temática”.

    O estudante descarta essa possibilidade e rebate com resultados alcançados em redações de outros vestibulares, como o da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em que pontuou 475; no Programa de Avaliação Seriada Seletiva da própria UFMS, atingiu 575; e agora os 900 no Enem. Um desempenho crescente, interrompido de forma abrupta pelo zero da Fapec.

    Além disso, há os resultados no curso preparatório que fez por um ano. Sabendo da concorrência acirrada do curso de Medicina, Jalbas Neto concluiu o terceiro ano do Ensino Médio em paralelo ao cursinho.

    “Eu me senti injustiçado porque a gente passa o ano todo se esforçando, inclusive eu, ali no curso do Sérgio Campos, eu fiz o extensivo o ano todo, fiz todas as redações, tem aqui na minha pasta, e sempre foi acima de 800, desde a primeira redação até a última, e minha nota só foi crescendo”, relata Jalbas.

    “Teve um certo ponto ali do curso que minha nota só ficou de 900 para cima, e aí a gente chega numa prova como essa, aplica conceitos, repertórios sociais, explica o repertório e dá um exemplo concreto de que aquele repertório funciona, e eles ainda assim alegam que você fugiu do tema, a gente se sente injustiçado”, desabafa.

    Jalbas Neto explica que um colega de escola passou por situação semelhante, conquistou 960 na redação do Enem e zerou no certame da Fapec. Com isso, também teve seu sonho de entrar em Medicina na UFMS “quebrado”.

    Educadores protestaram e e relataram problemas na aplicação de provas da Fapec. (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)

    Premonição?

    Em dezembro do ano passado, educadores estiveram na Câmara Municipal de Campo Grande para repudiar problemas nas provas elaboradas pela Fapec. Segundo o professor Edílson Soares da Silveira, os erros têm acontecido desde 2018.

    “Dou aula há mais de 30 anos para vestibulando e nunca passamos por uma situação como essa. Vemos erros absurdos de digitação. Muitas questões têm sido anuladas nos últimos anos. Em 2022, mais de 3 mil redações zeradas. É o cúmulo, vergonhoso e não tem critério. Aluno recebe a redação e não sabe onde errou”, reclamou.

    Após os problemas, a Fapec emitiu nota e afirmou que a banca de elaboradores das questões de provas aplicadas é composta apenas por profissionais especialistas em suas áreas de atuação.

    A instituição, porém, reconheceu os problemas. “Buscaremos, por meio de melhorias internas, entender e atender aos apelos da sociedade. Não é de interesse da Fundação que os candidatos se sintam prejudicados”, garantiu.

    Recurso e desesperança

    Depois que 6.604 candidatos receberam “nota zero” ou 100 (mínima) para o texto dissertativo no vestibular da UFMS, apenas 1.169 apresentaram recursos, entre os dias 12 e 14 de janeiro, e terão suas redações corrigidas novamente, segundo o site Campo Grande News. 

    “Por descumprimento aos critérios e requisitos do edital, 401 candidatos zeraram a redação e, por de fuga ao tema e/ou à tipologia textual proposta, 6.203 candidatos receberam a nota 100”, explicou a Fapec em nota, após uma enxurrada de críticos ao resultados das avaliações.

    Na prova digital, sob responsabilidade da Fundação Vunesp, com o tema “a problemática de filtros nas redes sociais, desde a regulamentação do uso até a conscientização”, ninguém tirou a nota mínima, o que levantou mais suspeitas em relação ao julgamento feito pela banca da avaliação presencial pela Fapec.

    Jalbas Soares Neto é um dos que entraram com recurso, mas o estudante não tem muita esperança de que o resultado vá mudar. “Por mais que a correção deles esteja errada, acredito que eles não alteram”, diz.

    A indignação aumenta ao falar sobre a disparidade entre o resultado do Enem e da avaliação da UFMS.

    “Mais um ano desastroso daquela banca [Fapec], [pensei] que 6 mil famílias foram injustiçadas e que nada seria feito. Sonhos se quebrariam. Afinal, a redação é o que tem mais peso”, finaliza.

     A análise dos recursos vai até o dia 26 de janeiro, quando será divulgado o resultado final do vestibular.

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