O juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, autorizou o compartilhamento de provas da Operação Reagente com a Controladoria-Geral do Estado. O Governo pediu acesso os documentos para investigar a empresa envolvido no suposto desvio de R$ 6,3 milhões do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian.
O promotor Adriano Lobo Viana de Resende não se opôs ao pedido para que a CGE tenha acesso aos autos e investigue a Novos Ciclos Produtos e Equipamentos para Saúde, nova denominação da Neo Line. Cópias do inquérito serão encaminhadas para a corregedora-geral Luciana da Cunha Araújo Matos de Oliveira.
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O MPE denunciou pelo crime de improbidade administrativa o ex-secretário especial do Estado, Marcus Vinicius Rossetini de Andrade Costa, e o ex-coordenador de licitações, José Roberto Scarpin Ramos, e os empresários Luiz Antônio Moreira de Souza e Michaela Ximenes Castellon, da Novos Ciclos, e Carlos Almeida Araújo e Mauro Raup Estrela, da Lab Pack Produtos Hospitalares.
O promotor acusou desvio de R$ 2,817 milhões no pregão 073/2016 e de R$ 3,497 milhões no 076/2016. Dois pontos fundamentais levaram a Justiça a aceitar a nova denúncia contra o ex-superintendente de Compras, o ex-coordenador de licitações e os quatro empresários.
Na licitação para adquirir reagentes para o equipamento Dimension RXL, Ramos teria determinado a mudança nos preços da Medcomerce, que eram menores, para maiores e justificar a vitória da Neo Line (Novos Ciclos).