A recuperação do comércio no Centro de Campo Grande depende de “uma grande união de esforços do público e do privado”, conforme o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila. Presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, ele é um estudioso da região central há duas décadas e vem procurando implementar projetos.
“Entendo que é fundamental neste momento uma grande união de esforços do público e privado na concepção de novos projetos”, avaliou o secretário, ao admitir a grave crise das lojas no quadrilátero formado pelas vias Ernesto Geisel, José Antônio, Mato Grosso e Fernando Corrêa da Costa.
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“O centro vive o que vive por muitos motivos. Não existe um único culpado. Ou um só motivo”, frisa, antes de enumerar os problemas, como falta de vagas de estacionamento, a perda da clientela, o aluguel caríssimo e o comércio eletrônico.
“Com o despovoamento, o Centro tem muitos prédios abandonados. Local propício para o uso de moradores em situação de rua. Conforme se vê nas principais cidades brasileiras”, avalia Vila.
O secretário de Desenvolvimento enumera algumas ações implementadas na gestão da prefeita Adriane Lopes (PP) para revitalizar o Centro. Uma das medidas é o incentivo a moradias populares, como o projeto que prevê a construção de apartamentos financiados pelo Reviva Centro.
De acordo com Vila, houve a requalificação de trabalhadores na área central, com mais de 700 beneficiados, e a relilicitação do estacionamento rotativo. O parquímetro está suspenso desde o início de 2022, ainda na gestão de Marquinhos Trad (PSD).
Algumas secretarias serão transferidas para a área central. Uma das propostas é colocar na antiga estação rodoviária, que está em obras de revitalização. Outro projeto é a realização de uma programação cultural nos finais de semana.
Adelaido ainda cita a revitalização paisagística do Centro, a lei municipal que incentiva a instalação de franquias com redução de impostos e o projeto de liberdade econômica.
Um dos projetos idealizados pelo município foi transformar o Hotel Campo Grande, fechado há décadas, em moradia social. No entanto, a proposta enfrentou forte resistência e não vingou. Agora, um empresário luta para reformar o prédio e reabrir o hotel.