A Suzano fechou a compra de cerca de 70 mil hectares de terras em Mato Grosso do Sul, por R$ 1,83 bilhão. O negócio, anunciado na última semana, compreende a aquisição da totalidade da Timber VII SPE e da Timber XX SPE, empresas sob gestão do BTG Pactual Timberland Investment Group.
As terras ficam próximas à fábrica de celulose que a Suzano tem em Três Lagoas e à fábrica que a companhia está terminando de construir em Ribas do Rio Pardo, que faz parte do Projeto Cerrado e deve ficar pronta em junho de 2024.
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Dos 70 mil hectares, 50 mil são de áreas produtivas. O restante são reservas ambientais que não podem ser tocadas, segundo o site Brazil Journal.
Com a operação, a companhia amplia a autossuficiência no suprimento de madeira para suas operações no Estado. A transação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e outras condições precedentes.
A fábrica de Três Lagoas tem uma capacidade produtiva de 3,25 milhões de toneladas por ano. A de Ribas do Rio Pardo terá capacidade de 2,5 milhões de toneladas/ano.
“Essa transação consolida a autonomia da Suzano em sua estratégia de suprimento de madeira para o abastecimento no Mato Grosso do Sul, reforça a disciplina da companhia em ampliar constantemente sua competitividade e cria opcionalidades ao negócio da empresa”, disse em nota o diretor das áreas Florestal e de Suprimentos da empresa, Carlos Aníbal.
O pagamento será realizado à vista, na data de fechamento da transação. Se o acordo for finalizado após 31 de março, o preço da aquisição será convertido para o dólar.
A Suzano é referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto. O projeto em Ribas do Rio Pardo demanda investimento total de R$ 19,3 bilhões e é considerado o mais eficiente da companhia em função do baixo nível de emissão de carbono previsto após o início de operação.
A nova fábrica também será a mais competitiva da Suzano em termos de custo caixa de produção de celulose, condição favorecida pelo menor raio médio das florestas que abastecerão a unidade e pelo volume de energia excedente.