O Senado aprovou, noite desta quarta-feira (20), a MP das subvenções, que garante R$ 35 bilhões de arrecadação em 2024. A Soraya Thronicke (Podemos) foi a única de Mato Grosso do Sul a votar a favor da proposta no Senado e ajudou o Governo Lula (PT) a impor uma derrota a bolsonarista Tereza Cristina (PP), que teria sido uma das principais articuladores para derrubar o projeto.
O Senado aprovou a Medida Provisória 1.185 por 48 votos a favor e 22 contrários. O senador Nelsinho Trad (PSD) não participou da votação. Tereza Cristina votou contra a proposta, apontada como uma das principais medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para garantir o déficit zero em 2024.
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De acordo com a jornalista Vera Magalhães, da CBN, a ex-ministra da Agricultura articulou a derrubada da MP 1.185, que tinha sido aprovada com folga na Câmara dos Deputados por 335 a 56 votos. Ela chegou a contabilizar 43 votos para rejeitar a proposta no Senado, de acordo com a colunista.
A articulação feita pela senadora de Mato Grosso do Sul levou o Governo a adiar em 24h a votação da MP no Senado. O projeto só foi a votação quando houve garantia de que seria aprovado.
A manobra de Tereza Cristina falhou e a oposição ao projeto encolheu para apenas 22 senadores – coincidentemente o número do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apontada como principal sucessora com a inelegibilidade do capitão, a senadora vem articulando para minar a gestão de Lula e chegar forte em 2026 com o fracasso do petista. Seria a política do quanto pior para o povo, melhor para a ex-ministra.
A senadora chegou a publicar elogios públicos à Reforma Tributária, que foi promulgada pelo Congresso Nacional nesta quarta-feira. No entanto, ao votar, acabou cedendo aos apelos de Bolsonaro e votou contra a proposta, que chegou a considerar importante para a economia brasileira.
Na Câmara dos Deputados, apenas os deputados Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB, e Vander Loubet (PT) votaram a favor. Camila Jara (PT) surpreendeu ao votar contra, junto com os bolsonaristas Dr. Luiz Ovando (PP) e de Marcos Pollon (PL). Rodolfo Nogueira (PL) participou da obstrução e Beto Pereira não votou.