O deputado estadual Lídio Lopes obteve aval da Justiça Eleitoral para deixar o PRD, partido formado a partir da fusão do Patriotas com o PTB. A caminho do PP, da senadora Tereza Cristina, ele afirmou que não disputo o comando da nova sigla com o ex-senador Delcídio do Amaral.
Em Mato Grosso do Sul, o Patriotas era comandado pelo marido da prefeita da Capital, Adriane Lopes (PP), e o Partido Trabalhista Brasileiro era presidido pelo ex-senador. Desde o ano passado, o deputado cogitava seguir o caminho da esposa e se filiar ao Progressistas.
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Ele só estava aguardando a fusão entre os partidos para ter um motivo para trocar de legenda sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. Lopes destacou que a junção demorou muito e não compensava brigar pelo comando do novo partido.
Por isso, ele ingressou com pedido para obter da Justiça para trocar de partido. A liminar foi deferida pelo juiz eleitoral José Eduardo Chemin Cury, do Tribunal Regional Eleitoral. “Ante o exposto, DEFIRO a tutela de evidência de natureza antecipada, com fundamento no art. 311, II, do CPC, reconhecendo, liminarmente, a existência de justa causa para a desfiliação partidária do Deputado Estadual LIDIO NOGUEIRA LOPES dos quadros de filiados do Partido PATRIOTA, nos termos do art. 22- A, parágrafo único, I da Lei nº 9.096/95 c.c. o art. 1º, § 1º, III e § 3º da Resolução nº 22.610/2007”, determinou o magistrado.
Lídio não deve ser o único a não permanecer no PRD. Os vereadores do Patriotas, Edu Miranda e Paulo Lands, e o vereador William Maksoud (PTB), também cogitam trocar de sigla para disputar a reeleição em 2024.
Além de reconstruir a carreira política, que entrou em declínio após ser preso e ter o mandato de senador cassado, Delcídio tem como outro desafio não comandar um partido esvaziado em Mato Grosso do Sul. Em 2024, ele cogita ser candidato a prefeito de Corumbá, sua cidade natal.