O ex-senador Delcídio do Amaral venceu a disputa com o deputado estadual Lídio Lopes e ficou com a presidência do PRD em Mato Grosso do Sul, que tomou posse na quinta-feira (14). O Partido Renovação Democrática nasceu da fusão entre o PTB com o Patriotas, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Antes da junção, Delcídio comandava o Partido Trabalhista Brasileiro em MS, enquanto Lídio, o Patriotas. No embate para ver quem ficaria com o controle da nova legenda, o ex-petista se saiu melhor e garantiu o apoio das lideranças nacionais. Derrotado, o marido da prefeita Adriane Lopes (PP) anunciou, no início desta semana, sua desfiliação.
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O deputado deve eguir o exemplo da esposa, que trocou o Patriotas pelo PP da senadora Tereza Cristina. Ele só esperava a fusão para ter a oportunidade de trocar de sigla sem correr o risco de perder o mandato na Assembleia Legislativa.
A posse de Delcídio como presidente do PRD ocorreu na sede do partido em São Paulo, na presença do presidente nacional, Ovasco Resende, e de outras lideranças.
O ex-senador terá como atribuições, inicialmente, a regularização do PRD, com a criação do CNPJ, a definição do diretório estadual e os trâmites para liberação do fundo partidário, previstos ainda para o ano de 2023.
Em seguida, deverá criar musculatura na legenda com a adesão de novos filiados para participar das eleições municipais de 2024 e as regionais e nacionais em 2026.
No entanto, o PRD começa com desfalques, além de Lídio Lopes, deve perder seus representantes na Câmara de Vereadores de Campo Grande, Edu Miranda e Paulo Lands, do Patriotas, e William Maksoud (PTB).
A fusão vai abrir a oportunidade de Miranda e Lands anteciparem a filiação no Progressistas. Eles vão acompanhar a prefeita no PP. Já Maksoud estuda se filiar ao PSDB.
Outro que não deverá continuar no PRD será o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, que deverá deixar o cargo e voltar para a Câmara Municipal.
Já Delcídio aposta na anulação das provas na Operação Lava Jato pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, para reconstruir a carreira política. O ex-ministro tem no currículo ter sido o primeiro senador a ser preso no exercício do mandato e, posteriormente, cassado.