O desembargador Emerson Cafure, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, concedeu habeas corpus e revogou a prisão preventiva de todos os presos na Operação Turn Off, acusados de integrar organização criminosa especializada em superfaturamento e desvios de recursos públicos da saúde e da educação. Só na compra de ar condicionado para as escolas estaduais houve desvio de R$ 4,6 milhões.
Os últimos a deixarem a prisão foram a integrante da equipe de licitação da administração estadual, Simone de Oliveira Ramires Castro, e o coordenador da APAE de Campo Grande, Paulo Henrique Muleta Andrade.
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O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, acatou pedido do Ministério Público e decretou a prisão de oito acusados de integrar o suposto esquema criminoso: os empresários Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, o primo da dupla Victor Leite de Andrade; o ex-secretário estadual-adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro Broch, a ex-coordenadora de Contratos da Educação, Andréa Cristina Souza Lima, e o ex-assessor do deputado federal Geraldo Resende, Thiago Haruo Mishima.
Seis envolvidos foram soltos por Cafure mediante o monitoramento eletrônico na última sexta-feira (1º). Paulo Henrique chegou a ter o pedido de liberdade negado pelo desembargador Eduardo Machado Rocha no plantão, durante o fim de semana. No entanto, na segunda-feira, Emerson Cafure reassumiu o processo e acatou o pedido de habeas corpus.
A organização criminosa é composta por empresas que receberam R$ 68 milhões do poder público estadual. O montante desviado ainda está sendo apurado pelo GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção).