Quebra dos sigilos telemáticos dos empresários e irmãos, Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, deu origem à investigação sobre os desvios milionários na saúde e educação. A revelação consta do despacho do juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, que decretou as oito prisões e os 35 mandados de busca e apreensão da Operação Turnn Off.
O Ministério Público Estadual quebrou o sigilo na Operação Parasita, que também apontou desvios milionários na saúde, principalmente, nos contratos firmados durante a pandemia da covid-19.
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“Inicialmente cumpre destacar que as informações constantes no Procedimento Investigatório Criminal (nº 06.2023.00000598-1) decorrem de medidas cautelares anteriores, especialmente dos dados extraídos dos aparelhos celulares dos investigados Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, apreendidos por ocasião da Operação ‘Parasita’, em razão da ação cautelar n. 0957391-06.2022.8.12.0001, em trâmite na 5ª Vara Criminal desta Comarca”, pontuou o magistrado.
Nas conversas feitas nos aplicativos de mensagens, como WhatsApp, os irmãos deram detalhes de como era o pagamento de propina e como fraudavam as licitações com o apoio do então secretário-adjunto de Educação, Édio Antônio de Castro Resende Broch.
Os dois empresários e o primo, Victor Leite de Andrade, o único que teve a prisão preventiva decretada e não foi localizado, são apontados como chefes da organização criminosa. O caso é mais um escândalo envolvendo o desvios de recursos públicos.