O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Vigilante é 1º condenado em júri federal por assassinato de indígena na história de MS
    MS

    Vigilante é 1º condenado em júri federal por assassinato de indígena na história de MS

    Richelieu de CarloBy Richelieu de Carlo29/11/20234 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Essa é apenas a 3ª vez que um assassinato de indígena em MS é julgado pelo Tribunal do Júri Federal e a 1ª em que há condenação. (Foto: Ana Mendes/Cimi)

    Após quase 18 anos, João Carlos Gimenes Brites foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de Dorvalino Rocha, ocorrido na véspera do Natal de 2005. O indígena da etnia Guarani Kaiowá foi morto com um tiro à queima-roupa em uma fazenda no município de Antônio João, região sul de Mato Grosso do Sul.

    Essa foi a primeira condenação pelo Tribunal do Júri Federal de um acusado de assassinar indígena em MS. Dois outros casos chegaram a ser julgados, mas terminaram sem a punição dos acusados. No caso de Marçal de Souza, assassinado em 1983 na mesma terra indígena onde Dorvalino foi morto, a Justiça reconheceu a prescrição do crime. Já no caso de Marcos Veron, o réu foi absolvido da acusação de homicídio. 

    Veja mais:

    Acusado de matar indígena vai a júri 18 anos após assassinato na véspera do Natal

    Com voto de Soraya e Tereza, Senado contraria STF e aprova marco temporal para terras indígenas

    Ministério cria gabinete de crise para acompanhar violência contra indígenas em MS

    “O Estado de Mato Grosso do Sul tem uma das maiores taxas de assassinatos de indígenas do país! Mesmo assim, essa é apenas a terceira vez que um caso desses chega a ser julgado pelo Tribunal do Júri e a primeira em que há condenação. A decisão é um marco histórico para o Povo Guarani Kaiowá”, explicou o procurador da República Ricardo Pael, que atuou em Ponta Porã entre 2013 e 2017.

    O julgamento de João Carlos Gimenes Brites foi concluído na terça-feira (28) no plenário do Júri da 1ª Vara Federal de Presidente Prudente (SP). Ele era vigilante contratado pela empresa de segurança Gaspem, e confessou ter sido o autor do disparo que matou Dorvalino, mas alegou ter agido em legítima defesa.

    As investigações revelaram que o crime aconteceu quando Dorvalino andava numa estrada e foi abordado por um carro com seguranças particulares. O motorista era João Carlos, que atirou duas vezes na direção da vítima. Um dos disparos atingiu o peito do indígena, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

    Inicialmente, a denúncia pelo homicídio foi ajuizada pelo Ministério Público Federal na 1ª Vara Federal de Ponta Porã, em junho de 2006. No entanto, em razão do envolvimento do vigilante com a Gaspem, acusada de atuar de forma ilegal em casos de conflitos fundiários, e com o objetivo de garantir a adequada isenção dos jurados que julgariam o caso, o MPF pediu o desaforamento, ou seja, a mudança de local para o julgamento. 

    O processo foi então encaminhado para Presidente Prudente, onde ocorreu o júri federal. 

    “Não é comum o desaforamento para outro Estado da federação, mas é sintomático que esta seja a segunda vez que isso ocorre em casos de assassinatos de indígenas no Mato Grosso do Sul”, pontuou o procurador da República Tito Lívio Seabra, que assumiu o processo após o desaforamento. [

    Além da morte de Dorvalino Rocha, outros casos de assassinatos de indígenas em MS também têm envolvimento de seguranças da empresa Gaspem, como do rezador Nísio Gomes, ainda não julgado. 

    Em 2018, a pedido do MPF, a Justiça determinou a dissolução da empresa, considerada responsável por ataques que resultaram na morte de duas pessoas e em dezenas de feridos entre 2009 e 2011, além do pagamento de multa no valor de R$ 240 mil por danos morais. 

    “Espera-se que a decisão faça não só justiça para o Povo Guarani Kaiowá e a família de Dorvalino Rocha, mas que tenha também um efeito pedagógico e sirva para conter a violência contra os indígenas de Mato Grosso do Sul”, disse o procurador Fabrício Carrer, que há 10 anos participa de júris federais.

    Além da pena de prisão, João Carlos Gimenes Brites também foi condenado a pagar uma pensão mensal aos filhos de Dorvalino Rocha como forma de reparação.

    antônio joão disputa de terra guarani kaiowá indígenas marçal de souza ministério dos povos indígenas mpf MS nossa política presidente prudente Tiro News violência contra indígenas

    POSTS RELACIONADOS

    Na era da IA, qualidade não chega com 5G e falhas na telefonia e caladão castigam MS

    MS 11/06/20253 Mins Read

    Digix completa 24 anos como uma das melhores empresas para trabalhar e impactos na sociedade

    MS 11/06/20253 Mins Read

    Julgamento por venda de sentença no ES acaba após 17 anos e a morte de 3 desembargadores

    MS 11/06/20253 Mins Read

    Com salto para R$ 650 bilhões, Senado vai cobrar Simone sobre plano de redução de subsídios

    MS 11/06/20253 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Maioria do STF vota a favor da responsabilização das redes sociais

    BR 11/06/20253 Mins Read

    Desembargador nega HC e Claudinho Serra vai continuar preso por desvios em Sidrolândia

    MS 11/06/20252 Mins Read

    Na era da IA, qualidade não chega com 5G e falhas na telefonia e caladão castigam MS

    MS 11/06/20253 Mins Read

    TCU aprova com ressalvas contas do governo Lula de 2024

    BR 11/06/20253 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.