O Conselho de Administração da Petrobras aprovou um plano estratégico de investimentos de 102 bilhões de dólares nos próximos cinco anos. A companhia anunciou seu retorno ao segmento de fertilizantes, com planos de retomar a conclusão das obras da UFN3, em Três Lagoas, com término previsto em dois anos.
Este é o primeiro plano da gestão Jean Paul Prates e do governo Lula. A petroleira esclareceu que os valores se dividem em US$ 91 bilhões em projetos de fato em implantação e US$ 11 bilhões em projetos ainda em avaliação, sujeitos a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da contratação e execução.
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A empresa destacou que os investimentos anunciados visam a “preparar a Petrobras para o futuro e fortalecer a companhia, iniciando um processo de integração de fontes energéticas essencial para uma transição energética justa e responsável”
“Vamos fazer a transição energética de forma gradual, responsável e crescente, investindo em novas energias e sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de petróleo ainda necessária para atender a demanda global de energia e financiar a transição energética”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em nota à imprensa.
O anúncio da retomada da UFN3 era previsto para ocorrer em visita do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e de Jean Paul Prates, a Mato Grosso do Sul no início deste mês de novembro. A previsão de investimento é de R$ 9 bilhões.
A construção da indústria parou na gestão de Dilma Rousseff (PT) após a Operação Lava Jato arrastar as construtoras para um dos maiores escândalos de corrupção do País. Michel Temer (MDB) e Bolsonaro tentaram vender o projeto, mas a privatização fracassou.
A senadora Tereza Cristina (PL), ainda no comando do Ministério da Agricultura, chegou a comemorar a venda da UFN3 para um grupo russo. No entanto, após mais de ano de negociação, a proposta não vingou e a obra da fábrica ficou parada durante os quatro anos de Bolsonaro.
Lula decidiu concluir a obra com recursos próprios e mantê-la sob o comando da Petrobras. No entanto, a gestão petista vinha postergando o início da retomada. A indústria só deverá entrar em funcionamento em 2025, apesar de estar com 82% das obras concluídas.