Agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) voltaram às ruas do município de Água Clara, nesta terça-feira (21), para cumprir um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão contra um advogado acusado de ser integrante do PCC.
De acordo com o Ministério Público Estadual, o advogado, que não teve o nome revelado, “extrapolou os limites da defesa jurídica e passou a integrar diretamente a organização criminosa, para a qual inicialmente prestava serviços, chegando a gerenciar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas e até concordar em guardar uma determinada quantidade de cocaína em seu escritório”.
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A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, divulgou nota na qual informa “que a Comissão de Defesa e Assistência se fez presente acompanhando as diligências, informando ainda que adotará as medidas legais cabíveis, inclusive de natureza disciplinar, respeitando sempre o direito à ampla defesa e contraditório, bem assim as prerrogativas da advocacia”
A ação faz parte da 2ª fase da Operação Expurgo. A investigação é promovida pela Promotoria de Justiça de Água Clara, com o apoio do Gaeco, e teve início a partir de informações obtidas com a primeira fase da ofensiva, deflagrada em outubro de 2022.
A Operação Expurgo começou no fim de 2021, quando se apurou que o tráfico de drogas em Água Clara estava organizado e sob o comando do PCC, que comanda os presídios do Estado.
A maioria dos traficantes da cidade integravam a organização criminosa revendendo com exclusividade os entorpecentes fornecidos por ela. Na primeira fase da ação, foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão.