“Fiquei rico, fiquei”, gaba-se prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), um dos mais impopulares do Estado e famoso por ter deixado doentes em estado gravíssimo a mercê de atendimento por falta de ambulância. Apesar da crise na saúde do município, ele é contra a construção de um hospital regional pelo Governo do Estado.
A polêmica entrevista de Iunes foi concedida ao podcast “AlaVoti”, de Corumbá. Durante o bate-papo de pouco mais de duas horas, o tucano admite que mudou de vida no comando da cidade.
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“Fiquei rico, fiquei”, ressaltou, gabando-se que está bem de vida e com condições de realizar um grande sonho. Marcelo Iunes planeja deixar a política após encerrar o mandato de prefeito e montar um laboratório de imagem na Cidade Branca.
Contudo, ele também disse que conta com o apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB) para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. “Não sei se sou candidato a deputado estadual”, afirmou.
Conforme pesquisa do Instituto Ranking Brasil Inteligência, divulgada no início do mês passado, 48% dos corumbaenses avaliam a gestão de Marcelo Iunes como ruim ou péssima. Apenas 16% a avaliam como ótima ou boa, enquanto 30% avaliam como regular.
Apesar de se gabar que não se ilude, Iunes citou pesquisa realizada a seu pedido em que é aprovado por 65% da população de Corumbá. “Não vou mentir para mim mesmo, não sou bobo”, ressaltou.
Ele também está confiante que poderá fazer o sucessor, o atual secretário municipal de Governo, Luiz Antônio Pardal (PSDB). Ele está na lanterna nas pesquisas e fica atrás de dois tucanos, a ex-deputada federal Bia Cavassa e o vereador Luciano Costa, preteridos por Marcelo Iunes.
Apesar da crise na saúde da cidade, que ganhou repercussão estadual com dois pacientes graves sem socorro por falta de ambulância, Iunes é contra a construção de um hospital regional em Corumbá, como existe em Ponta Porã, Três Lagoas e Dourados. Ele disse que vai tentar impedir o projeto junto ao Governo do Estado.
Iunes defendeu que o Governo invista na Santa Casa, que está sob intervenção e não dá conta de atender a demanda em Corumbá.