A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), estuda a demissão de mais três secretários com vistas a montar uma equipe mais forte com vista à disputa da reeleição em 2024. Além do comando das obras, ela poderá trocar os secretários municipais de Governo, de Saúde e de Desenvolvimento Econômico.
A primeira mudança foi a substituição do engenheiro Domingos Sahib Neto pelo engenheiro e ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, na Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Infraestrutura. Para assumir o cargo, ele trocou o União Brasil pelo PP.
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Após sobreviver a primeira reforma de Adriane, o mais cotado para deixar o cargo é o empresário Adelaido Vila, atual secretário municipal de Inovação, de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio. Ele foi nomeado em maio de 2022 e permanece na função até o momento.
Adriane deverá trocar o comando da Secretaria Municipal de Saúde. O médico Sandro Benites (Patri) deverá reassumir o mandato de vereador na Câmara Municipal. Ele virou secretário durante a polêmica manifestação em defesa de um golpe de Estado na frente do CMO (Comando Militar do Oeste).
O secretário ganhou notoriedade ao comandar o grito dos bolsonaristas por um golpe de estado ao fazer um apelo ao comandante do CMO. O grito de guerra era de que não queriam, ser comandados pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Outro cotado para deixar o cargo é o secretário municipal de Governo, João Rocha. Ele deverá voltar ao legislativo, apesar de fazer parte do PP, partido da senadora Tereza Cristina e da prefeita, que vem dando as cartas no município.
Entre os nomes cotados para assumir a Segov está o ex-vereador Marcos Alex Mello, famoso no passado como Alex do PT e um dos principais assessores de Adriane. O outro é Darci Caldo, que foi um dos coordenadores da campanha de Marquinhos ao Governo e também atua no gabinete da chefe do Executivo.
O presidente da Agência Municipal de Regulação, Odilon de Oliveira Júnior, também estaria cotado para sair para disputar uma vaga na Câmara Municipal. No entanto, ele pode continuar no cargo e apoiar o pai, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que foi candidato a governador em 2018 e a senador no ano passado.
O magistrado não conseguiu reeleger o filho vereador em 2020, apesar de ter adotado o lema de que quem votaria no herdeiro, estava dando um voto no pai. Agora, Odilon pode disputar uma vaga na Câmara Municipal pelo PP, partido de Adriane.
Ele admitiu que pode se filiar ao partido, mas ainda não estaria fechado com o PP. “Tudo irá depender do cenário político que vier a se desenhar nos primeiros meses de 2.024. Ainda não sei para qual partido irei. O PP é uma excelente agremiação”, afirmou o juiz.