O PP, da senadora Tereza Cristina, ampliou seu poderio na Prefeitura de Campo Grande. O partido agora conta com Marcelo Miglioli, que assumiu a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, e será colega dos correligionários João Rocha, titular da pasta de Governo e Relações Institucionais, e da prefeita Adriane Lopes.
A nomeação de Miglioli foi publicada, nesta segunda-feira (6), em edição extra do Diário Oficial da Capital (Diogrande). Conforme o novo secretário, o convite para participar da gestão Adriane foi feito durante o fim de semana, quando ainda integrava o União Brasil. Porém, antes da nomeação, surgiu o “desafio” de se juntar ao PP, que acabou aceito.
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Ednei Marcelo Miglioli assume a Sisep tendo como experiência o comando da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado durante o primeiro mandato de Reinaldo Azambuja, quando ambos faziam parte do PSDB.
Em 2018, o engenheiro civil e advogado participou das eleições ao Senado, sem conseguir se eleger. Em seguida, deixou o ninho tucano e se filiou ao Solidariedade, partido pelo qual disputou a prefeitura da Capital, também sem sucesso.
Ano passado, foi a vez de tentar uma vaga na Câmara dos Deputados defendendo as bandeiras do União Brasil, com mais uma derrota.
Agora no PP, Miglioli chega ao seu quarto partido em cinco anos. Ele substitui Domingos Sahib Neto, que estava prestes a completar 10 meses no cargo, anteriormente ocupado por Rudi Fiorese, durante a gestão Marquinhos Trad (PSD), e que sobreviveu por pouco mais de um semestre com Adriane.
Os desafios na pasta são grandes. Na Capital, os anos passam, os prefeitos mudam, e algumas obras inacabadas atravessam gerações. Construções que nunca chegam ao fim já fazem parte do imaginário popular e da história da cidade.
Levantamento da Sisep, no início deste ano, apontou 34 obras paradas em Campo Grande. Desde então, até serviços teoricamente finalizados geram problemas, como é o caso da revitalização da Avenida Filinto Muller, no Lago do Amor, que cedeu um mês após ser concluída e entregue pela prefeitura.
A obra custou R$ 3,8 milhões aos cofres municipais. A CCO Infraestrutura Ltda foi contratada sem licitação e em regime de urgência após as chuvas de janeiro causarem o desmoronamento da calçada e da margem do lago. O município agora investiga o que fez o serviço ‘novinho’ ceder.
O problema é que as chuvas de verão ainda virão na Capital, o que, historicamente, é sinônimo de mais problemas para a infraestrutura da cidade.