O ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, negou pedido para suspender o júri popular contra o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, o ex-guarda municipal Marcelo Rios, e o empresário Jamil Name Filho, pela execução de Marcel Costa Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, ocorrida no dia 18 de dezembro de 2018.
A defesa de Marcelo Rios foi ao STJ com pedido de habeas corpus alegando que teve negado o acesso a todas as provas obtidas com a quebra de sigilo do ex-guarda. Diante disso, pleiteava uma liminar para suspender o processo e, posteriormente, a declaração de nulidade das instruções do julgamento.
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“A medida de urgência formulada confunde-se com o próprio mérito do mandamus, motivo pelo qual deverá ser analisada em momento oportuno, quando serão minuciosamente examinados os fundamentos embasadores dos pedidos”, decidiu Rogerio Schietti Cruz.
O magistrado determinou o envio dos autos da 2ª Vara do Tribunal do Júri para o STJ e manifestação do Ministério Público sobre o feito.
Marcelo Rios, Jamilzinho e Everaldo Monteiro são acusados de homicídio doloso e vão a júri popular pelo assassinato de Playboy da Mansão por determinação do juiz Aluizio Pereira dos Santos.
Os réus recorreram contra a decisão, mas o julgamento foi mantido pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Agora, a esperança dos réus é o STJ.
Conforme o magistrado, há indícios de que os três foram os autores do crime, com os agravantes de motivo torpe e que dificultou a defesa da vítima. O guarda municipal Rafael Antunes Vieira também vai a júri por ocultação da arma usada no crime.
O Playboy da Mansão foi executado a tiros de pistola por Juanil Miranda de Lima, acusado de ser o pistoleiro do grupo de extermínio chefiado por Jamil Name e Jamil Name Filho, na noite do dia 18 de dezembro de 2018. Ele chegou na cachaçaria e efetuou os disparos, matando Marcel e ferindo Tiago do Nascimento Brito.
De acordo com a denúncia, a morte foi vingança de Jamilzinho por ter levado um empurrão do Playboy da Mansão na boate Valey em 2016. Ele teria oferecido R$ 50 mil para um agente penitenciário encontrar um preso para matar Marcel Hernandes quando ele foi preso, mas o plano não teve êxito.
Ao saber das ameaças, conforme testemunhas, o Playboy da Mansão chegou a ficar três meses longe de Campo Grande. Ao reencontrar Jamilzinho no Café Mostarda, ele pediu desculpas, mas o empresário não teria lhe estendido a mão, conforme depoimento do pai de Hernandes à Justiça.
Este é o segundo júri popular de Jamil Name Filho e Marcelo Rios. Ambos foram condenados pelo assassinato do estudante Matheus Coutinho Xavier. O primeiro foi sentenciado a 23 anos e seis meses de prisão em regime fechado, enquanto o segundo, a 23 anos.