O governador Eduardo Riedel (PSDB) afirmou que vai “brigar muito” para mudar o cálculo do rateio do FNDR (Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional) e tirar Mato Grosso do Sul da lanterna na distribuição de recursos. Conforme levantamento, o Estado receberá apenas R$ 750 milhões, o 2º pior valor entre as 27 unidades da federação.
“Não podemos aceitar uma reforma tributária que aumente as desigualdades no Brasil. Ela precisa ser justa para todas as unidades da Federação!”, ressaltou o tucano. Riedel planeja reunir a bancada federal, que está mais preocupada com os próprios interesses, e os governadores dos estados prejudicados para buscar critérios mais justos na distribuição de recursos do fundo.]
Veja mais:
Reforma Tributária: enquanto Nelsinho beneficia familiares, MS terá 2º menor valor do fundo
No Senado, Adriane defende cinco pontos da Reforma Tributária para beneficiar os municípios
Reforma tributária deve deixar MS na ‘lanterna’ em crescimento de receita no País, aponta IPEA
Ele informou que discutiu o relatório do senador Eduardo Braga (MDB), do Amazonas, com os técnicos da Secretaria Estadual de Fazenda e da Procuradoria-Geral do Estado. “Não digo isso pensando no meu mandato. Muito pelo contrário. Estou pensando em Mato Grosso do Sul daqui a 20 anos, por isso estou empenhado em lutar pelos nossos interesses e melhorar o texto da reforma, que é necessária, mas não pode ser injusta!”, ressaltou.
Além do senador Nelsinho Trad (PSD), que apresentou emenda para reduzir o imposto cobrado de médicos e advogados, a senadora Tereza Cristina (PP), também se mostrou mais preocupada com o agronegócio do que com o impacto em MS.
“Hoje tivemos acesso ao parecer do relator Eduardo Braga (MDB-AM), que trabalhou duramente para apresentar ao Senado uma proposta de reforma tributária. Estive, junto com a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), com o relator para debater e compreender as modificações propostas. Braga acatou parcialmente três das minhas emendas”, informou Tereza Cristina.
Ela disse que somente agora vai analisar o impacto da proposta para a economia estadual. “Nas próximas duas semanas, vamos nos dedicar a analisar o impacto do relatório para o agro e para o Mato Grosso do Sul. Somos contra o aumento de impostos – precisamos de um novo sistema, sem dúvida @SenadoFederal continua a trabalhar para aperfeiçoar o texto e criar um novo e saudável ambiente de negócios no país”, tuitou no X.
O relatório será votado pelo Senado no dia 7 de novembro.