A campo-grandense Aléxia Nascimento, 21 anos, ganhou a medalha de ouro na categoria 48kg feminino neste sábado (28) nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Ela venceu a mexacina Edna Carrillo e ajudou a equipe do Brasil a conquistar seis medalhas, sendo quatro de ouro.
Alexia chegou a abrir o placar contra a Edna Carrillo. No entanto não foi necessário conquistar os três pontos, já que a brasileira conseguiu realizar o ippon e garantiu a medalha de ouro para o Brasil.
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O primeiro lugar veio logo em seguida a medalha de bronze de outra brasileira, Amanda Lima, na mesma categoria.
Em agosto de 2022, Aléxia se despediu da casa dos pais na Capital e se mudou para São Paulo, onde passou a integrar a equipe do Pinheiros. Ela é uma das 19 atletas brasileiras da delegação de judô, considerada a maior dos jogos Pan-Americanos na categoria.
A sul-mato-grossense se credenciou à competição com o título do Pan Júnior de 2021, realizado em Cali, na Colômbia.
De acordo com a Confederação Brasileira de Judõ, a última vez que o Brasil ganhou o ouro na categoria 48kg feminina foi em 1987 em Indianapolis, nos Estados Unidos, com Mônica Angelucci.
Na sequência, Michel Augusto encarou o colombiano Johan Rojas na decisão do peso até 60 kg. O paulista de 18 anos chegou a ter com duas punições (shidos) por falta de combatividade, e uma de ser desclassificado, mas reagiu e pressionou o adversário. A vitória coube ao brasileiro.
Campeã no Pan de Lima, Larissa Pimenta revalidou o título da categoria até 52 kg, ao vencer a mexicana Paulina Martinez na final. Assim como Michel, a paulista de 24 anos se beneficiou do acúmulo de punições da adversária para assegurar a vitória e o bicampeonato.
O paulista Willian Lima, de 23 anos, ainda garantiu o bronze na categoria até 66 kg. Na disputa pelo terceiro lugar, o brasileiro encaixou dois wazaris para vencer o peruano Juan Postigos. A medalha dele garantiu 100% de aproveitamento do judô brasileiro no primeiro dia da modalidade em Santiago.
O Brasil volta ao tatame de Santiago neste domingo (29), com mais seis judocas: Ketleyn Quadros (categoria até 63kg), Aléxia Castilhos, Luana Carvalho (ambas até 70kg), Daniel Cargnin, Gabriel Falcão (ambos até 73kg) e Guilherme Schimidt (até 81kg). As eliminatórias começam às 10h (horário de Brasília).
A vitória de Rafaela Silva teve gosto especial. Ela até tinha vencido a categoria até 57 quilos (kg) no Pan de Lima, no Peru, em 2019, mas teve a medalha cassada após ser pega no doping. Dona de dois títulos mundiais (2013 e 2022) e um olímpico (2016), essa carioca de 31 anos não demorou a aplicar dois wazaris (quando o atleta derruba o adversário de lado) e a derrotar a argentina Brisa Gómez, tornando-se a primeira judoca do país a ser campeã de tudo no esporte.
“Na primeira luta, veio um pouco da lembrança de 2019, então tive que segurar a emoção. Durante os últimos quatro anos eu pensei nesses Jogos de Santiago. Consegui me manter forte e focar no objetivo. Foram quatro jogos batendo na trave. Prata [2011], bronze [2015], o ouro retirado. Dezesseis anos depois, consigo esse ouro”, celebrou Rafaela, emocionada, ao falar para a assessoria do Time Brasil.