Trabalhadores rurais sem-terra voltaram a realizar protestos em Mato Grosso do Sul pela retomada da reforma agrária, suspensa desde o final do Governo de Dilma Rousseff (PT). Eles realizaram o bloqueio da BR-163, em Campo Grande, e causaram congestionamento de quilômetros na saída para São Paulo.
Com galhos de árvores e faixas, famílias acampadas pediram a retomada da reforma agrária e o aparelhamento do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária). A manifestação é liderada pelo MPL (Movimento Popular de Luta).
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Líder do MST prefere ministério e comando do Incra fica com ex-vereador de Ponta Porã
O protesto causou congestionamento de aproximadamente três quilômetros na BR-163, de acordo com o Campo Grande News.
O Incra é comandado pelo ex-vereador do PT em Ponta Porã, Paulo Roberto da Silva, enquanto a líder do MST no Estado, Marina Nunes, foi nomeada para a superintendência estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
No primeiro semestre, Paulinho do PT já tinha antecipado que o Incra não tinha recursos e os assentamentos só estão previstos para o próximo ano.
Em uma carta, o grupo define as principais reivindicações:
- Assentamento de todas as famílias do movimento popular (MPL);
- Atualização dos índices de produtividade de acordo com o aumento da produção atual;
- Desburocratizar o processo de aquisição de áreas através do Decreto 433, para possibilitar que o INCRA tenha ofertas de novas áreas;
- Fortalecimento do INCRA através de novos concursos e plano de carreira dos servidores, qualificação de seus quadros;
- Definir uma meta de assentamento a nível nacional para os próximos 4 anos;
- Implantação do setor de obtenção de terras;
- Pedimos uma reunião com o Ministro do MDA e INCRA para que seja debatido e encaminhado as propostas e necessidades mencionadas neste;
Os manifestantes começaram a liberar o tráfego de veículos após a chegada da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, duas rodovias foram bloqueadas nesta segunda-feira, a BR-163 e a BR-267, em Nova Alvorada do Sul. Houve a suspensão do bloqueio, mas o tráfego segue lento nos locais.