A Justiça não encontrou um centavo nas contas bancárias dos ex-prefeitos de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) e Gilmar Olarte (sem partido), para pagar as multas impostas pela condenação pelas fraudes e desvios de dinheiros nos convênios com a OMEP e Seleta. Para garantir o pagamento dos R$ 8,5 milhões, o Ministério Público Estadual pediu a penhora e avaliação de 14 imóveis.
O bloqueio online dos valores foi determinado no dia 28 de agosto deste ano pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. No entanto, o sistema de bloqueio de contas do Banco Central não encontrou um tostão disponível nas contas bancárias de Bernal e de Olarte.
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O despacho do magistrado determinado o bloqueio foi publicado nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da Justiça. No entanto, o sistema já fez nova varredura nas contas bancárias e, novamente, não encontrou nenhum centavo.
O MPE cobra R$ 2,946 milhões de Bernal e R$ 5,572 milhões de Olarte. Eles foram condenados porque houve o pagamento de salários para funcionários fantasmas e aos trabalhadores internos das duas entidades.
Em nova petição, o promotor Adriano Lobo Viana de Resende insistiu na penhora e avaliação dos imóveis listados. Bernal tem quatro imóveis, incluindo a mansão comprada por R$ 1,6 milhão na Rua Antônio Maria Coelho, no Jardim dos Estados.
Já Olarte tem dez imóveis na lista para garantir o pagamento dos R$ 5,5 milhões. Agora, a penhora vai ser analisava pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira.