O investimento de R$ 5,5 bilhões deverá quintuplicar em três anos a produção de minério de ferro e manganês em Corumbá, conforme o projeto da J & F Mineração, empresa controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Os donos da JBS planejam elevar a produção anual para 10 milhões de toneladas por ano a partir de 2024.
A família Batista comprou as minas da Vale em 2021, quando a produção era de 2 milhões de toneladas por ano, segundo a agência Bloomberg. Eles conseguiram dobrar para 4 milhões de toneladas neste ano.
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A meta com o investimento de US$ 1,2 bilhão, que foi anunciado em Paris por Wesley Batista, é dobrar novamente e chegar a 10 milhões de toneladas por ano. Serão criados 6,5 mil empregos na Cidade Branca.
A proposta prevê a construção de 50 quilômetros de ferrovia para ligar as minas ao Porto Curvo. Atualmente, o transporte neste trecho é feito por meio de caminhões.
O J & F Mineração também vai acrescentar 400 barcaças a atual frota em Corumbá para levar o minério pelos rios Paraguai e Paraná até Nueva Palmira, no Uruguai. O alvo é a China, um dos maiores exportadores da matéria prima sul-mato-grossense.
Neste ano, a empresa conseguiu transportar 175 mil toneladas de minério em um único navio, denominado Capesize, apontado como um marco por ter sido o maior na hidrovia até o momento.
O investimento em Corumbá faz parte do pacote que inclui o investimento de R$ 1,3 bilhão na ampliação da unidade da Seara em Dourados, que deverá ampliar a capacidade de abate diário de suíno.
No total, a J & F, controladora da JBS, planeja investir R$ 26,8 bilhões em Mato Grosso do Sul e gerar 19 mil empregos diretos. O maior orçamento está destinado para a construção da 2ª linha de produção da Eldorado em Três Lagoas, que terá R$ 20 bilhões e vai criar 10 mil empregos. No entanto, a proposta ainda depende do fim do impasse pelo controle da fábrica de celulose com a multinacional indonésia Paper Excellence.