A tarifa de água e esgoto de Campo Grande é 87,4% mais cara em relação a cobrada pela Sabesp, companhia de São Paulo. O alto valor pago pelos campo-grandenses se transformou em mote da campanha contra a privatização da empresa de saneamento paulista, defendida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Privatizou só piorou”, diz o lema do movimento pela manutenção da empresa nas mãos do estado. “O RJ e Campo Grande privatizaram a água, por isso a conta ficou mais cara. Em São Paulo é mais barata porque a Sabesp é pública”, destaca a campanha.
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Em seguida, o grupo compara os preços praticados na Capital sul-mato-grossense com o de São Paulo. A Águas Guariroba cobra R$ 60,95 de tarifa social de uma família que consome 10 metros cúbicos por mês. O valor é 172,5% mais caro em relação ao preço cobrado pela Sabesp, R$ 22,38.
No Rio de Janeiro, onde o serviço também é privatizado, a tarifa social é 102,4% mais cara do que em SP. Os cariocas pagam R$ 45,32 por mês.
A tarifa residencial para 10 mil litros de água por mês custa R$ 134,37 em Campo Grande, onde está incluído a tarifa fixa de R$ 17. O valor é 87,4% mais caro do que o valor pago pelos paulistas, onde a mesma quantia sai por R$ 71.70. No Rio, o valor é de R$ 111,97. A privatização da Sabesp é a principal prioridade do governador bolsonarista. O projeto foi encaminhado à Assembleia Legislativa para ser votado em regime de urgência.