O empresário André Luiz dos Santos, conhecido como André Patrola, entrou com ação de despejo contra o ex-secretário de Saúde de Campo Grande Leandro Mazina Martins por dívidas de aluguel e IPTU que somam R$ 183.390,87. O médico atuou na gestão do cunhado Nelsinho Trad (PSD), de abril de 2010 a dezembro de 2012, e é pai do vereador Otávio Trad (PSD).
Patrola foi alvo da Operação Cascalhos de Areia, do Ministério Público Estadual, em investigação iniciada com denúncia anônima de que o empreiteiro seria laranja do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), que nega qualquer relação com o empresário. O pedido de despejo contra o cunhado dos Trad foi protocolado no início deste mês de outubro.
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André Luiz alega que alugou um apartamento em condomínio de luxo na Rua Euclides da Cunha, no Jardim dos Estados, para o médico por R$ 5 mil, com desconto de R$ 1 mil com pagamento em dia, além do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano).
Inicialmente, o contrato estipulava o prazo de locação entre 23 de setembro de 2019 e 22 de setembro de 2021. Porém, Mazina está inadimplente com o aluguel desde maio de 2022 até agosto deste ano, o que resulta em dívida de R$ 64 mil. O IPTU, segundo Patrola, está sem pagamento desde maio de 2019, ocasionando débito total de R$ 119.390,87.
O dono do imóvel rejeita audiência de conciliação, pois tentou por diversas vezes chegar a uma solução amigável para receber os aluguéis e encargos atrasados a fim de evitar a rescisão contratual, mas sem sucesso.
“Não obstante os meses em atraso, o autor implementou todos os meios possíveis à solução pacífica do imbróglio, não restando outra alternativa senão o pedido de despejo com cobrança dos haveres pendentes”, relata o advogado de André Patrola.
A ação de despejo pede a concessão de liminar para desocupação do apartamento em 15 dias, por causa das dívidas acumuladas. E a condenação de Leandro Mazina Martins ao pagamento dos R$ 183.390,87 devidos e das custas judiciais e dos honorários advocatícios entre 10% e 20% sobre este montante.
O processo está na 14ª Vara Cível de Campo Grande desde o dia 5 de outubro. A reportagem não conseguiu entrar em contato com Leandro Mazina Martins, mas o espaço segue aberto para manifestação de sua defesa.