A Polícia Civil pediu autorização judicial para compartilhar provas no inquérito aberto a pedido do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). A revelação consta de despacho da juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, publicado nesta sexta-feira (6).
“Intimem-se as partes para manifestação quanto ao pedido de compartilhamento de provas, formulado pela Autoridade Policial às f. 144-145 e 192. Após, retornem na fila de urgente”, determinou a magistrada.
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O inquérito tramita em sigilo na 3ª Vara Criminal. Os poucos detalhes do caso só são conhecidos por meio das publicações sucintas no Diário Oficial da Justiça.
De acordo com o ex-prefeito, a investigação foi aberta para apurar a suspeita de armação contra ele com fins políticos durante a campanha eleitoral de 2022. A polícia analisou os telefones celulares das supostas vítimas.
No entanto, uma das mulheres teria entregue dois números de telefone seis meses após a determinação da juíza. Esses aparelhos teriam sido periciados e, agora, houve o pedido de compartilhamento de prova por parte da Polícia Civil.
Alvo de denúncia por assédio sexual, o ex-prefeito conseguiu trancar a denúncia feita por algumas das mulheres no Superior Tribunal de Justiça. Em despacho publicado no diário, a juíza determinou o arquivamento da denúncia referente a três das sete mulheres. Marquinhos informou que foram arquivadas as denúncias contra cinco das sete vítimas.
O ex-prefeito também afirmou que nunca teve o celular periciado pela 1ª Delegacia de Atendimento à Mulher.