O Governo do Estado anunciou o reajuste de 10% nos salários dos 10 mil professores convocados neste mês. Eles ainda terão mais 10% em janeiro de 2024. A política faz parte da estratégia do governador Eduardo Riedel (PSDB) reduzir a disparidade salarial entre os efetivos e temporários, que chegou a 47% na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
De acordo com a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), o acordo prevê ainda a convocação de 220 docentes aprovados no último concurso do magistério. A expectativa do presidente da entidade, Jaime Teixeira, é de que todos os 1,9 mil aprovados sejam chamados até o fim da validade do concurso.
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Os 7,1 mil professores efetivos tiveram o reajuste de 14,95%, que foi o índice de correção no piso nacional do magistério.
Conforme Teixeira, o acordo prevê reajuste de 10% em outubro para os profissionais sem concurso e mais 10% em janeiro. Como eles já receberam 5% em maio deste ano, o salário acumulará aumento de 27% no início do próximo ano.
A equiparação dos salários entre efetivos e convocados é uma das principais reivindicações da Fetems. Contudo, Teixeira destacou que a meta é preencher todas as vagas puras com concursados. Ele estima que existem de 3 mil a 4 mil vagas para serem preenchidas por concursados na rede estadual de ensino.
A Fetems também negocia com o Governo o pagamento de vale alimentação no valor de R$ 300 para os administrativos da educação.
Atualmente, o professor efetivo da rede recebe salário inicial de R$ 10.383,18 para a carga horária de 40h semanais, podendo chegar a R$ 17.132,05, de acordo com o Campo Grande News. Entretanto, o professor convocado recebe vencimentos de R$ 5.494,00 para a carga horária de 40h semanais.