A rejeição à gestão do prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), está próxima de atingir mais da metade da população do município. De acordo com pesquisa do Instituto Ranking Brasil Inteligência, a administração do tucano é considerada ruim ou péssima para 48% dos entrevistados.
São 7,4 pontos percentuais a mais do que no levantamento de junho deste ano, quando obteve 40,6% de reprovação. Somente 16,6% declararam que o governo de Iunes é bom ou ótimo, uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao levantamento anterior.
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Os que consideram a gestão regular atingem 30,8%, 4,2 pontos percentuais a menos do que há três meses, quando somou 35%. Isso fez com que a quantidade de indecisos também caísse, sendo que 4,6% não sabem ou não responderam, ou seja, 1,8 ponto percentual a menos que na anterior, quando alcançou 6,4%.
A pesquisa foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro de 2023, junto a 1.000 moradores de Corumbá, com 16 anos ou mais de idade.
O levantamento ocorreu dias depois de a Prefeitura de Corumbá deixar pacientes em estado grave sem ambulância para serem transferidos para Campo Grande.
No início de setembro, a falta de ambulância para transferir uma mulher grávida e um homem infartado, que precisavam de transferência urgente para Capital, evidenciou a situação caótica na saúde do município. As transferências só foram realizadas com um veículo “emprestado” pela Prefeitura de Miranda.
Em nota de esclarecimento, a Prefeitura de Corumbá afirmou que a UTI Móvel da cidade apresentou um problema mecânico cuja solução depende de peças que não são encontradas no mercado local e, por isso, precisou da ajuda do município vizinho.
Principais problemas
O Instituto Ranking ainda levantou quais são os maiores problemas de Corumbá e a maioria dos entrevistados apontou que é a falta de médicos e de remédios, que obteve 40%. Depois, aparecem a falta de segurança pública e de policiamento, com 20,4%, falta de asfalto nas ruas e o excesso de buracos nas ruas com pavimentação, com 17,2%, e o alto custo de vida, com 13,8%.
Logo em seguida são citados como principais problemas a falta de iluminação pública, com 12,6%, a falta de emprego, com 9,2%, combater a pirataria boliviana, com 9%, a falta de habitação popular, com 8,6%, falta de revitalização à beira do rio, com 7,4%, e melhorar a qualidade do sinal de Internet e do celular, com 6,8%.
Ainda aparecem como problemas combater os incêndios, com 6,4%, melhorar a assistência social, com 5,6%, a falta de opções de lazer, esportes e eventos, com 4,4%, a falta de manutenção das estradas e pontes, com 4,2%, mais promoção de eventos culturais, com 4%, falta de limpeza pública, com 3,4%, falta de ajuda aos assentados, com 3%, e falta de saneamento básico, com 2,8%, sendo que 2,4% dos entrevistados apontaram outros problemas e 6,2% não sabem ou não responderam.