O empresário, jornalista e ex-senador da República, Antônio João Hugo Rodrigues morreu, na noite desta segunda-feira (18), aos 75 anos em decorrência de complicações decorrentes de uma cirurgia cardíaca no Hospital do Coração, em Campo Grande. Ícone do jornalismo de Mato Grosso do Sul, ele sempre foi influente na política regional, mas nunca conseguiu se eleger para um cargo público.
Nascido em Campo Grande em 26 de dezembro de 1947, Antônio João chegou a comandar um império da comunicação sul-mato-grossense ao chefiar o Grupo Correio do Estado, formado pelos jornais Correio do Estado e Diário da Serra, pelas TVs Campo Grande e Guanandi e pelos rádios Mega 94 e Rádio Cultura (atual Rádio Hora).
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Filho caçula do professor, historiador e fundador do Correio do Estado, José Barbosa Rodrigues, e da professora Henedina Hugo Rodrigues, ele foi casado por duas vezes, com a editora da coluna Diálogo e administradora do Correio do Estado, Ester Figueiredo Gameiro, e Márcia Barros.
Polêmico e influente na política regional, ele foi eleito suplente de senador de Delcídio do Amaral, na época no PT, em 2002, e acabou assumindo o cargo de senador da República em 2006, quando o titular da vaga se licenciou para disputar o Governo do Estado.
No entanto, em 2014, ele rompeu com Delcídio e foi candidato a senador pelo PSD, na chapa de Reinaldo Azambuja (PSDB), e ficou em 4º lugar, com 86.971 votos. Quatro anos depois, em nova tentativa de se eleger, Antônio João foi candidato a deputado estadual e obteve 1.698 votos, ficando em 92º lugar.
Como empresário da comunicação, nos anos 90, ele comprou o jornal Diário da Serra, principal concorrente do Correio do Estado, e o comandou até fechar as portas.
De acordo com o Correio do Estado, AJ, como era conhecido, começou a trabalhar na redação aos sete anos idade. Fez quase de tudo no diário construído pelo pai: entregou jornal, digitou, fotografou, escreveu e, por fim, foi diretor do jornal. Deixou o cargo em 2019, quando se aposentou.
Em Campo Grande, no Indubrasil, por décadas, cultivou orquídeas, a planta que se orgulhava de presentear os amigos e amigas. Também era um fã da pesca e defensor do Pantanal sul-mato-grossense.
O corpo do empresário será velado no Memorial Park das 10h às 12h e depois o corpo segue para Araçatuba (SP), onde será cremado. Segundo o jornalista e amigo, Bosco Martins, as cinzas serão jogadas no Rio Paraguai, como era desejo do empresário.