O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, prevê que está próximo o julgamento do ex-governador André Puccinelli (MDB) pela suposta propina da JBS. Esta foi a justificativa para negar o desbloqueio dos bens e contas bancárias da PSG Tecnologia da Informação, que emitiu nota fiscal fria para justificar o pagamento de propina de R$ 710 mil ao grupo do emedebista.
O processo tramita em sigilo desde que chegou à Justiça estadual. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu suspender a audiência de instrução e julgamento dois dias antes do início na 3ª Vara Federal e declinou competência para a 1ª Vara Criminal, onde tramitam as ações penais relativas a Operação Lama Asfáltica.
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Em despacho publicado nesta terça-feira (12), o juiz negou pedido de suspensão do sequestro feito pela empresa do milionário Antônio Celso Cortez. “Por mais que mereça destaque na análise do requerimento a previsão constitucional da função social da empresa e o princípio de sua preservação, no caso em análise, considerando que há ação penal em trâmite e que esta está próxima da designação das audiências de instrução, de forma a garantir o ressarcimento do erário em caso de condenação, a manutenção do sequestro dos valores da empresa PSG é necessária”, pontuou o juiz.
“Assim, diante do exposto, ao menos por ora, indefiro o requerimento de fls. 1/3, sem prejuízo de posterior análise”, concluiu Ferreira Filho.
Além dos R$ 710 mil da PSG, Cortez teria recebido dinheiro da JBS. No total, ele teria recebido R$ 3,7 milhões, segundo a denúncia do MPE.