O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, mandou juntar a ação por peculato contra o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), à denúncia pela propina da JBS que tem 21 acusados. Na prática, o magistrado vai reunir a peça que havia sido desmembrada em fevereiro de 2021 pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça.
Em outubro de 2020, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, denunciou o tucano, o filho, o advogado Rodrigo Souza e Silva, o deputado estadual Zé Teixeira (PSDB), o conselheiro Márcio Monteiro, do Tribunal de Contas do Estado, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), entre outros, por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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Eles foram acusados de integrar um esquema que concedia incentivos fiscais em troca de propina. A JBS teria pago R$ 67,7 milhões em propina ao grupo liderado por Reinaldo. O Estado teria acumulado um prejuízo de R$ 209,7 milhões entre os anos de 2015 e 2016.
Como Reinaldo tinha foro especial por ser governador, Fischer desmembrou e enviou a denúncia contra 23 réus, inclusive os empresários Joeselye e Wesley Batista, donos do conglomerado de proteína, supostamente para que o processo tramitasse mais rapidamente.
A ação ficou parada por dois anos no STJ. Como o tucano deixou o cargo de governador em dezembro, a ministra Isabel Gallotti enviou a ação contra Reinaldo para a 2ª Vara Criminal de Campo Grande. Agora, o juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior determinou a juntada.
Em despacho suscinto publicado hoje, ele notificou a defesa do presidente regional do PSDB, liderada pelo advogado Gustavo Passarelli, para se manifestar sobre certidão anexada aos autos.