O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retoma nesta terça-feira (5) a cobrança de impostos federais sobre o óleo diesel, o que deve fazer o preço do litro aumentar R$ 0,10. Além disso, está previsto outro aumento em outubro, seguido por uma reintrodução completa da cobrança do PIS/Cofins sobre diesel e biodiesel em janeiro de 2024.
As alíquotas foram zeradas em março de 2021, no governo de Jair Bolsonaro (PL), e só voltariam em 2024. Porém, foi retomada antes, de forma parcial, para bancar o programa de descontos em veículos.
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Nesta primeira etapa, a alíquota de PIS/Cofins ficará em R$ 0,11 por litro do combustível. O impacto na bomba será de aproximadamente R$ 0,10 de alta, segundo projeção do Simpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis).
A segunda etapa ocorre em 1º de outubro, com o acréscimo de R$ 0,01 de impostos e será concluído em janeiro do próximo ano, quando o salto no preço será de R$ 0,20.
Os impostos pressionam ainda mais o preço do litro do combustível, que já está em alta. O valor do diesel tem subido nas últimas seis semanas. Atualmente é vendido, em média, a R$ 6,03, maior valor desde fevereiro.
Etanol e gasolina, por outro lado, estão com os preços estáveis. Na última semana, eram vendidos em média a R$ 3,65 e R$ 5,87, respectivamente, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
No início deste ano, o presidente Lula optou por estender a desoneração para gasolina e etanol até março, e para o diesel até o final de dezembro. Contudo, o governo federal parcialmente reverteu essa isenção sobre o diesel em junho, como forma de compensar a perda de arrecadação resultante do aumento no programa de incentivo ao carro zero-km.