O Ministério dos Transportes vai manter a CCR MS Via na concessão da BR-163 e o novo contrato deverá ser acertado até fevereiro de 2024, segundo o deputado federal Geraldo Resende (PSDB). Pela proposta, o Governo descartou exigir a duplicação total da via, mas deverá garantir, pelo menos, os trechos críticos.
A relicitação fracassou até o momento e o lançamento de um novo edital poderá atrasar ainda mais a volta dos investimentos na rodovia, a principal via arterial de Mato Grosso do Sul e considerada estratégica para o desenvolvimento regional.
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O Tribunal de Contas da União já deu aval para o Governo Lula acertar a manutenção das empresas que desistiram da concessão. De acordo com Resende, durante reunião nesta semana, o presidente da Infra S/A, Jorge Bastos, garantiu que já está acertado a manutenção da CCR MS Via na BR-163.
“Até dezembro, no máximo fevereiro de 2024, o Governo acerta com a CCR”, prevê o deputado. Bastos teria assegurado também que haverá a duplicação dos trechos críticos da rodovia. Pela proposta de relicitação, definida na gestão de Jair Bolsonaro (PL), a duplicação seria ínfima.
“A duplicação do trecho entre Dourados e Caarapó é uma demanda antiga da população. A rodovia é um corredor para nossa rica produção que divide espaço com muitos motoristas que moram em Caarapó, mas trabalham em Dourados”, explicou Geraldo Resende.
A manutenção da concessão também livra o Governo de pagar indenização de R$ 1,4 bilhão para a MS Via. O aumento de 16% no pedágio também não deverá ser cancelado, como clamam os motoristas usuários da via.