Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) aprovaram em 1º turno de votação o auxílio de R$ 60 milhões do Governo do Estado à Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de MS). No entanto, cinco parlamentares bolsonaristas e Lucas de Lima (PDT) foram contra o benefício, enquanto outros 15 foram favoráveis.
Além do pedetista, Rafael Tavares (PRTB), Lidio Lopes (Patriota), João Henrique, Coronel David, e Neno Razuk, trio do PL, votaram contra o projeto de lei. A concessão de subvenções à Cassems será dividida em duas parcelas de R$ 30 milhões, uma neste ano e outra em 2024. Em contrapartida, a contribuição dos servidores terá redução de R$ 45 para R$ 35 por beneficiário.
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“Apenas R$ 10 a menos ao servidor, com o tamanho desse repasse é frustrante”, criticou Coronel David. Ele diz que propôs a diminuição da mensalidade ou extinção da contribuição do servidor, condicionada ao auxílio do governo.
“Uma gestão que faz contratos bilionários, aumenta ao servidor, vamos abrir essa caixa preta? A administração do hospital havia dito que tinha dinheiro em caixa, com lucros em vários anos”, questionou João Henrique.
Rafael Tavares informou que não conseguiu assinaturas suficientes para abrir a CPI da Cassems. “Mas vamos continuar lutando por transparência”, disse.
Pedro Kemp (PT) explicou que a dívida da Cassems soma 150 milhões, segundo apresentou a gestão, e que o aporte não chega a esse valor. “Além disso, a taxa ao servidor seria R$ 45 e foi baixada para R$ 35, com fim de participação em órteses, próteses e cirurgias. Vai aliviar, mas não vai resolver o problema”, disse.
Zé Teixeira (PSDB) defendeu que a Cassems tem 11 unidades de atendimento e elogiou o atendimento. “Eu tenho outro plano de saúde, pago fortuna e nem olham para mim. E nunca vi falarem do atendimento da Cassems, sabemos do bom atendimento”, elogiou o tucano.
Neno Razuk concordou que é um plano de sucesso, mas afirmou que há muitas denúncias. “Exemplo dos atendimentos aos autistas, que tenho muito contato nessa área e vejo que há muita gente deixando de ser atendida. E estamos frustrados com o aumento ao servidor para R$ 35. Para mim é presentear quem está errando na gestão”.
Gleice Jane (PT) também disse ter recebido denúncias de servidores que foram obrigados a retornar ao trabalho, mesmo com atestados. “Esse é um debate que temos que envolver os servidores”.
Veja como votaram os deputados
Gleice Jane (PT) – Sim
Lia Nogueira (PSDB) – Não Votou
Mara Caseiro (PSDB) – Sim
Antonio Vaz (Republicanos) – Sim
Coronel David (PL) – Não
Gerson Claro (PP) – Não Votou
Jamilson Name (PSDB) – Sim
João César Mattogrosso (PSDB) – Sim
João Henrique (PL) – Não
Junior Mochi (MDB) – Sim
Lidio Lopes (Patriota) – Não
Londres Machado (PP) – Sim
Lucas de Lima (PDT) – Não
Marcio Fernandes (MDB) – Sim
Neno Razuk (PL) – Não
Paulo Corrêa (PSDB) – Sim
Pedro Kemp (PT) – Sim
Pedrossian Neto (PSD) – Sim
Professor Rinaldo (Podemos) – Não Votou
Rafael Tavares (PRTB) – Não
Renato Câmara (MDB) – Sim
Roberto Hashioka (União Brasil) – Sim
Zeca do PT – Sim
Zé Teixeira (PSDB) – Sim