Famosa pelas ruas e avenidas largas, pela limpeza e pelos cartões postais maravilhosos, como o Parque das Nações e o Parque dos Poderes, Campo Grande precisa de um gestor (a) que lute e planeje a cidade para garantir qualidade de vida aos 900 mil habitantes. É preciso solucionar problemas antigos, como saúde, inundações e transporte coletivo, e pensar no futuro, como preservar o meio ambiente e adaptá-la ao futuro.
A cidade não precisa de comandante mais preocupado em justificar as falhas estruturais do que resolvê-las. Urge a solução das obras inacabadas, como o Centro de Belas Artes, um elefante branco quase secular, que atravessa governadores e prefeitos sem ser concluída. A revitalização da antiga estação rodoviária no Bairro Amambai é outro desafio que completa uma década sem solução.
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Campo Grande é uma cidade que dá orgulho em muitos pontos. As avenidas largas, o Parque dos Poderes, o Aquário do Pantanal, a florada dos ipês, a convivência harmônica das capivaras, araras e quatis; o lago do Parque das Nações; o campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); uma taxa de desemprego baixíssima; entre outros motivos que ressaltam a beleza da Cidade Morena.
No entanto, há problemas que precisam ser resolvidos. O transporte coletivo caro e de péssima qualidade é um entrave para a cidade chegar ao nível de primeiro mundo. Os ônibus urbanos precisam ter qualidade, rapidez e conforto. Não dá para ignorar o problema.
É preciso ter um gestor mais preocupado em buscar um serviço de qualidade do que justificar a precariedade e a tarifa cara do Consórcio Guaicurus. A última grande mudança foi a implantação do SIT (Sistema Integrado do Transporte) na gestão de Lúdio Coelho e não se pensou mais no futuro. Os corredores emperraram em obras paradas e em transtornos nas vias largas da Capital.
O serviço de saúde é o calcanhar de Aquiles dos gestores públicos desde a implantação do SUS (Sistema Único de Saúde). É preciso pensar em uma fórmula de garantir atendimento rápido, eficiente e com qualidade. As longas filas e horas de espera por causa da demanda não podem explicar a ineficiência do sistema público de saúde.
Ao invés de passar a culpar os moradores do interior pela superlotação, o gestor deve buscar alternativa para Campo Grande garantir atendimento de qualidade para todos. A Capital sempre vai ser referência, por concentrar o atendimento de alta complexidade e todas as especialidades. O desafio é garantir a qualidade no atendimento para o povo da Capital e do interior. Garantir que o sul-mato-grossense seja tão bem acolhido em Campo Grande como é em Cascavel, no Paraná, ou em Barretos, em São Paulo, para se tratar contra o câncer, por exemplo.
É preciso lutar para garantir a preservação do patrimônio ambiental existente. Ambientalistas alertam que a falta de política pode levar ao desaparecimento do lago do Parque das Nações e ao agravamento das enchentes. A cidade necessita implementar políticas para preservar suas belezas naturais.
Se a saída é tombar o Parque dos Poderes como patrimônio histórico e cultural, que o gestor tenha coragem de implementar a medida para garantir o futuro a preservação da área, só comparável ao Central Parque em Nova Iorque, por exemplo.
Os alagamentos e inundações a cada chuva exigem soluções urgentes. A cada verão, com as chuvas torrenciais, o campo-grandense sofre com um problema que poderia ser evitado. Já está quase virando cartão postal o transbordamento do Córrego Segredo no Bairro São Francisco.
Os problemas são graves e exigem investimentos altíssimos. No entanto, dois pontos são fundamentais: vontade política em preparar a cidade para o futuro e planejamento. Esses são os desafios da prefeita Adriane Lopes (PP) e dos pretendentes colocados até o momento: Beto Pereira (PSDB), Lucas de Lima (PDT) e Professor André Luís (Rede).