O suposto “erro” do deputado federal bolsonarista Rodolfo Nogueira (PL), que votou a favor do arcabouço fiscal, foi ironizado pelo superintendente regional do Patrimônio da União, Tiago Botelho. O advogado petista parabenizou o parlamentar e ainda sugeriu para ele trocar o apelido de “Gordinho do Bolsonaro” por “Gordinho do Lula”.
O voto de Nogueira surpreendeu porque ele é famoso pela fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Diante da repercussão, ele culpou o assessor pelo voto. O deputado admitiu que não estava na sessão e votou após a assessoria orientar a votar sim a uma emenda do Senado.
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“Quero parabenizar o deputado federal Rodolfo Nogueira, autointitulado gordinho do Bolsonaro, por ter votado no projeto do arcabouço fiscal do presidente @LulaOficial. Ao menos uma vez na vida você acertou, mesmo dizendo que votou por engano!”, afirmou Botelho, que também é da região de Dourados, como Nogueira.
“Ao invés de Gordinho do Bolsonaro, você pode ser chamado de Gordinho do Lula, Rodolfo Nogueira. Basta seguir votando com o PT, como fez no arcabouço fiscal. Que tal virar companheiro?”, convidou.
Apesar do pedido para mudar o voto, a Câmara dos Deputados manteve o liberal como “sim”, ou seja, a favor do arcabouço fiscal.
Ele não é o único bolsonarista a errar na hora de votar na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira (23) foi a vez do deputado federal Luiz Lima (PL), do Rio de Janeiro. Ele foi o único parlamentar a votar contra o aumento no salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 e da tabela de isenção do salário mínimo.
De acordo com o Uol, Lima correu logo após ver o erro para mudar o voto, mas não conseguiu porque já estava computado no sistema do legislativo.
Sete dos oito deputados federais de MS – Beto Pereira e Dagoberto Nogueira, do PSDB, Camila Jara e Vander Loubet, do PT, Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL – votaram a favor da Medida Provisória. Geraldo Resende (PSDB) não participou da votação porque estava ausente.