O novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) deve incluir investimento de R$ 400 milhões em obras para viabilizar a Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul. Além disso, o projeto deve incluir concessão de ferrovias e rodovias. O governador Eduardo Riedel (PSDB) participa, nesta sexta-feira (11), do lançamento do programa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro.
O pacote de obras no Estado foi fechado na semana passada durante reunião entre o tucano e o chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa, e a secretária-executiva da pasta, Miriam Belchior. No encontro, o petista pediu sigilo das obras que serão anunciadas nesta sexta-feira.
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O Governo federal deverá incluir o acesso de 13 quilômetros à ponte sobre o Rio Paraguai, que interligará as cidades de Porto Murtinho e Carmelo Peralta, no Paraguai. A previsão é de investimento de R$ 200 milhões. Outra obra será de R$ 200 milhões na construção do centro da alfândega para viabilizar o projeto de interligação de Mato Grosso do Sul com o Oceano Pacífico, reduzindo as distâncias para os grandes consumidores do sudeste asiático, como a China, responsável por um terço das exportações sul-mato-grossenses.
Lula também deverá retomar o projeto de construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas. A obra está quase concluída, mas foi abandonada nas gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Eles tentaram vender a obra para ser concluída por um grupo privado, mas a proposta fracassou.
Agora, a obra vai integrar o pacote de R$ 300 bilhões da Petrobras no PAC. A estatal vai concluir a obra por considera-la estratégica para reduzir a dependência do Brasil da importação de fertilizantes.
No total, o novo PAC de Lula deverá prever investimentos de R$ 1 trilhão em quatro anos. A maior parte dos investimentos virá a iniciativa privada, como a retomada das ferrovias no Estado, com investimento de R$ 19 bilhões, e das concessões das rodovias federais como a 163, 262 e 267.
O Governo federal também pretende retomar as obras paradas de centros de educação infantil, escolas, unidades básicas de saúde, pavimentação e infraestrutura. Em Campo Grande. o corredor do transporte coletivo, que prevê investimento de R$ 120 milhões, pode ser incluída no novo PAC.