A senadora Soraya Thronicke (Podemos) reagiu ao discurso do deputado federal Marco Feliano (PL), de São Paulo, e a reação do pastor evangélico, que teria batido na mesa, causou tumulto na sessão da CPMI do 8 de Janeiro. Deputados e senadores saíram em defesa da sul-mato-grossense e acusaram o bolsonarista de não respeitar as mulheres.
Durante o depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, nesta terça-feira (8), Feliciano enalteceu o delegado da Polícia Federal. Ele o chamou de “herói nacional”. Em seguida, o deputado paulista fez um discurso contra a esquerda, que foi classificado como transfóbico.
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“Quem em sã consciência aprovaria a ideia de um ser humano poder ser aquilo que quiser, uma árvore, um gato, um cachorro, um ser amorfo sem sexo definido, ou um ser com trocentos sexos, seja o que for? Quem em sã consciência acredita nisso, e ainda pior, ensinar, propagar, doutrinar… quem, se não uma pessoa com gravíssimos e sérios problemas em sua formação psicológica?”, questionou Marco Feliciano, fazendo referência clara aos políticos de esquerda.
Conforme o jornal O Globo, Soraya reprovou as falas do deputado e disse que tinha um filho de esquerda. Uma discussão se iniciou e Feliciano bateu em sua mesa, o que elevou os ânimos e causou a intervenção de outros colegas que estavam ao redor.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), repreendeu a atitude agressiva do deputado: “respeite a senadora. Essa mania de bater na mesa contra mulher”. Outros deputados saíram em defesa de Soraya.
Feliciano respondeu: “a turma da esquerda, o mimimi, os mimizentos, a senadora pode colocar o dedo no meu nariz e eu não posso falar nada?” Após a alegação do pastor, o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), o desmentiu, afirmando que Soraya não apontou o dedo. Ele disse que a senadora estava de costas para o deputado evangélico.
Soraya ainda conversou, após o fim da sessão da CPMI, com Anderson Torres.