A população indígena cresceu 51% entre 2010 e 2022, passando de 77.025 para 116.346 em 12 anos em Mato Grosso do Sul, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Estado caiu de 2º para 3º lugar no ranking nacional e foi superado pela Bahia no número total de indígenas.
No Brasil, o Censo Indígena mostrou que o número de moradores passou de 896,9 mil para 1.693.535. A maior população fica no Amazonas (490.854) e Bahia (229.103). Durante muitos anos, MS tinha a segunda maior população indígena do País.
Veja mais:
Oitavo candidato ao governo de MS, Magno Souza faz contraponto a genocídio e latifúndio
Subsecretaria da ONU fica chocada com extrema pobreza dos índios Guarani Kaiowá em MS
Produtor é condenado a sete anos por manter nove índios em situação de trabalho escravo
Dos 116,3 mil, 69,8 mil residem em áreas indígenas, enquanto 47,8 mil residem fora das reservas. De acordo com o IBGE, 68.534 indígenas residem em áreas demarcadas ou reconhecidas pelo Governo, enquanto outros 47.812 estão fora ou nas áreas urbanas.
A maior reserva indígena de Mato Grosso do Sul é a de Dourados, englobada pelas aldeias Jaguapiru e Bororó, com 13.473 índios, seguido por Amambai com 6.861 e Caarapó, com 4.414 indígenas.
O IBGE deveria ter realizado o Censo em 2020, mas houve corte de verba por parte de Jair Bolsonaro (PL) e atraso na logística em decorrência da pandemia da covid-19.
No ano passado, pela primeira vez na história, um indígena disputou o Governo do Estado, Magno de Souza (PCO) chegou a participar dos debates e ganhou destaque ao alfinetar poderosos, como o ex-governador André Puccinelli (MDB). Ele acabou tendo a candidatura cassada pelo TRE por irregularidade na documentação.