Albertino Ribeiro
Sem dúvida, o Brasil é o país que possui o maior potencial de utilização de energia verde do mundo. Para alcançar esse objetivo, é necessário canalizar investimentos para a realização de projetos que possam aproveitar todo esse potencial, seja de energia elétrica, eólica e o hidrogênio verde.
Segundo o presidente do BNDES, Aluízio Mercadante, o Brasil possui a melhor matriz energética dos países do G20. Mercadante também se mostra confiante com o aumento, no país, da infraestrutura de energia limpa, destacando a eólica e a energia solar.
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É uma nova oportunidade que o país tem na história para alçar realmente um voo de águia. Se nossa revolução industrial começou com 100 anos de atraso, desta vez poderemos sair na frente e nos transformarmos numa grande potência econômica verde.
A primeira revolução industrial, ocorrida na Inglaterra no final do século 18, trouxe consigo a semente da destruição do planeta; é o que vemos hoje com o aquecimento global.
Contudo, essa revolução cujo Brasil é parte fundamental, possui a semente da salvação do nosso mundo. Não há mais lugar para o negacionismo; não há mais lugar para pessoas ignorantes, que acham que a preocupação com o planeta é coisa de comunista.
Destarte, seguindo uma lógica de raciocínio, o Brasil não poderá cair, nos próximos anos, novamente na mão de políticos de extrema-direita. Se tal desgraça acontecer, todos os projetos que estão sendo pensados hoje, para darmos um salto de qualidade socioeconômica, será esquecido e jogado na lata de lixo.
Outro motivo para não deixarmos os neoconservadores e liberaloides voltarem, está na sina incurável dessa gente de destruir o Estado Brasileiro, por acreditar – de maneira fanática e esdrúxula -, que este é ineficiente a priori.
Mercadante é um desenvolvimentista que não acredita em fantasma ou em mãos invisíveis. Por ser racional, ele sabe que a participação do Estado brasileiro é fundamental para catapultar o desenvolvimento limpo e sustentável da nossa jovem economia Pindorama.
Com as parcerias público e privadas, o governo deve assumir parte dos custos para que empresas sintam segurança para realizar inversões em ativos ambientais e pessoas físicas sejam incentivadas a demandarem energia limpa.
Segundo matéria da folha de São Paulo, Mercadante citou o exemplo da Alemanha, onde um ônibus elétrico custa três vezes mais do que um a diesel. Também na Alemanha, as taxas de juros estão zeradas e o Estado paga U$$ 3 pelo quilo do hidrogênio verde. Por seu turno, nos Estados Unidos, o governo paga um bônus de U$$ 7.500 para as pessoas comprarem um carro elétrico.
Para que o Brasil possa fazer o mesmo, é necessário deixar de lado o pensamento pequeno e binário, em que Estado e mercado são vistos como entes diametralmente opostos. Não, leitor, esses dois entes são, como na visão chinesa desenvolvimentista, opostos complementares.