O ex-governador André Puccinelli (MDB) e o deputado estadual Capitão Contar (PRTB) lideram a disputa pela Prefeitura de Campo Grande, segundo levantamento realizado pelo Innova Pesquisa. A superintendente do Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), fica em 3º lugar e em situação de empate técnico com os líderes, segundo a sondagem, mais uma a ser divulgada sobre as eleições de 2024.
Faltando pouco mais de um ano e dois meses para o pleito, os deputados estaduais Zeca do PT e Lucas de Lima (PDT) empatariam em 4º, seguidos pela prefeita Adriane Lopes (PP) e do deputado federal Beto Pereira (PSDB).
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O Innova aponta números diferentes das pesquisas divulgadas pelo Ranking Brasil Inteligência, IPEMS e Percent Brasil. O Innova ouviu 703 eleitores entre os dias 18 e 22 deste mês. A margem de erro é de 3,7% para mais ou menos.
Os números servem para reforçar o capital político dos pré-candidatos e vão servir de baliza para fechar alianças e definir as pré-candidaturas, principalmente, entre os cotados na esquerda e na direita.
Na espontânea, conforme o Innova, André fica com 2,4%, seguido pela prefeita Adriane Lopes com 2%, Marquinhos Trad (PSD) com 1,7%, Beto com 0,7%. Capitão Contar, o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB0, e Lucas ficam com 0,4%.
Sem a apresentação do disco, 89% dos eleitores não apontaram nenhum nome para prefeito da Capital nas eleições de 2024. Isso mostra que o cenário está totalmente aberto e não há nenhum favorito ou candidato com o nome sedimentado no eleitorado.
O instituto simulou três cenários. No primeiro, com um grande número de concorrentes, André lidera com 20,8%, seguido por Capitão Contar com 18,1%, Rose com 15,1%, Lucas com 7,7%, Zeca com 7,5%, Adriane com 6%, a deputada federal Camila Jara (PT) com 4%, Beto Pereira com 3,7%, Carlão com 3%, o deputado federal Marcos Pollon (PL) com 1,7% e Rafael Tavares (PRTB) com 0,6%. Outros 5,3% não votariam em nenhum, enquanto 6,7% estão indecisos.
Este cenário mostra grande recall das eleições de 2022, quando os três líderes disputaram o Governo no ano passado. André tem se movimentado para disputar a prefeitura pela terceira vez, mas tem emitido sinais de que não entrará na disputa para perder novamente.
Rose conseguiu unificar o União Brasil e pode disputar o cargo pela 2ª vez. Em 2020, ela não conseguiu o apoio do PSDB para disputar. Os tucanos optaram por apoiar a reeleição de Marquinhos Trad.
Na esquerda, a briga promete. O PDT tem Lucas de Lima competitivo, alcançando o mesmo índice do ex-governador. Zeca ainda tem uma disputa interna e vê Camila no retrovisor. Dentro da margem de erro, a deputada federal está empatada tecnicamente com o ex-governador.
Na direita, Capitão Contar tem o nome consolidado e tem maior projeção do que o nome defendido pelos bolsonaristas. Pollon quer ser o candidato do ex-presidente na Capital. Bolsonaro chegou a aconselhar o militar a disputar uma cadeira de vereador em 2024.
No segundo cenário, André e Capitão Contar empatam tecnicamente em primeiro, com 22,6%¨e 21,8%, respectivamente. A superintendente da Sudeco tem 17,1%, seguida por Zeca com 9,8%, de Lucas com 8%, Adriane com 7% e Beto Pereira com 3,8%. Nenhum foi a opção de 5,3%, enquanto 4,7% não opinaram.
Este quadro mostra a dificuldade do candidato do PSDB na disputa. No entanto, o deputado federal não deve ficar desanimado com a lanterna. Em 2022, Contar e o governador Eduardo Riedel (PSDB) foram para o segundo turno e começaram a disputa em último lugar.
No terceiro cenário, sem o ex-governador do MDB, Capitão Contar assume a liderança, com 25,7%, seguido por Rose com 22,6%, por Zeca com 13,7%, Lucas com 11,5%, Adriane com 8% e Beto com 5,3%. Nenhum foi citado por 6,8%, enquanto 6,4% não souberam responder.
O Innova aponta que Rose tem o maior potencial de voto, 57,1% (somando os votariam com certeza e poderiam votar), seguida por Contar com 53,7%, André com 51,4%, Lucas com 43,4%, Adriane com 32,3%, Zeca com 31,3%, Beto com 24,6% e Pollon com 19,8%.
A pesquisa é apenas mais uma e sinaliza que a disputa pela prefeitura da Capital vai ser marcada por uma avalanche de levantamentos – o eleitor não poderá reclamar da falta de opções e da chance de ter uma pesquisa para chamar de sua.