O PT avaliou que Camila Jara é o “melhor nome” para disputar a Prefeitura de Campo Grande em 2024 e decidiu incluir a deputada federal como pré-candidata a prefeita. A jovem vai enfrentar o deputado estadual Zeca do PT e a advogada Giselle Marques, que disputou o Governo no ano passado, para ser o nome da sigla para disputar a sucessão de Adriane Lopes (PP).
De acordo com o presidente regional do PT, Vladimir Ferreira, a jovem deputada “é o melhor nome” no partido para ser a candidata a prefeita e ampliar a aliança em 2024. Ele avalia que Camila é nome novo, é leve, não tem rejeição e ainda pode construir um arco de alianças mais amplo em 2024.
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A decisão é mais uma derrota de Zeca do PT, que foi governador por dois mandatos, vereador da Capital e ex-deputado federal. O petista planejava ser “ungido” como candidato a prefeito. Só que não conseguiu a unanimidade com a decisão de Giselle, após ficar em 5º lugar na disputa do Governo, manter o seu nome para disputar a prefeitura.
Na ocasião, Camila chegou a ter o nome retirado das eleições municipais. A decisão do PT foi criticada por cientistas políticos. Na avaliação dos especialistas, Zeca e Giselle possuem rejeição e limitações para se tornarem candidatos competitivos. Na ocasião, a avaliação era de que Camila Jara, por ser jovem e nova na política, teria mais chances de ser uma candidata competitiva e até com possibilidade de surpreender nas urnas.
Além de ser mulher e jovem, Camila Jara é evangélica e vem se destacando como deputada federal em Brasília. Ela teve 3.470 votos em 2020, quando foi eleita vereadora, e 56.552 votos em 2022, quando foi eleita deputada federal.
O diagnóstico fez eco no partido, que recuou da decisão e decidiu incluir a deputada como uma das pré-candidatas. Vladimir explicou que a direção nacional criou um Grupo de Trabalho para as eleições de 2024. O objetivo é definir o melhor nome em cada município.
Camila vai iniciar o diálogo com os militantes, as forças políticas e a sociedade para viabilizar a sua candidatura a prefeita. Ferreira defende que o PT defina o candidato ou a candidata a prefeita até novembro deste ano. Ele não quer repetir o erro do ano passado, quando lançou o nome de Giselle em abril – tarde para viabilizar um nome novo na disputa do Governo.
Nos últimos meses foram divulgadas três pesquisas sobre a sucessão municipal. Cada levantamento apresentou um número e um cenário. Zeca do PT ficou em 2º no disco sem os favoritos, mas apresentou rejeição de quase 50%. Giselle não foi incluída em nenhuma pesquisa.
Camila chegou a ter um índice próximo do ex-governador no único cenário em que foi incluída. E a taxa de rejeição foi muito baixa.
Com a decisão do PT, praticamente todos os partidos estão rachados no momento. A direita está dividida entre as candidaturas da prefeita, de Marcos Pollon (PL) e de Capitão Contar (PRTB). O MDB ainda não decidiu se lança André Puccinelli, enquanto o União Brasil não bateu o martelo de que lançará Rose.
O PSDB é o único decidido a lançar Beto Pereira.