Presidente do movimento Proarmas, o deputado federal Marcos Pollon (PL) classificou como “decreto da calamidade” a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para restringir a vendas de armas no País. Aliado e fiel ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele vai espera contar com o apoio da bancada ruralista par derrubar o decreto no Congresso Nacional.
“Todas as pessoas têm o direito à vida, propriedade e legítima defesa. Mas, não existe legítima defesa sem meios aptos. É uma medida completamente ideológica, sem critério. O Governo não governa para o povo, mas para pouco mais de 50%. Ele está destruindo não apenas um nicho importante, mas homens, mulheres e famílias que vivem desse mercado”, avaliou o liberal.
Veja mais:
Dr. Ovando e Marcos Pollon votam contra MP que garante mais médicos a 32 cidades de MS
Ponta Porã abre mão de três vagas do Mais Médicos e MS tem 94% de adesão
Médico do HU vai assumir superintendência do Ministério da Saúde em MS
“O decreto foi menos catastrófico do que o confisco, mas não longe do previsto para um desgoverno. Com a força da Câmara Federal, nós conseguimos que um representante da Câmara e do Senado participasse do debate. Tentamos usar a força do Parlamento para impedir o pior”, pontuou.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, havia destacado, durante a apresentação do programa, que a proposta contou com sugestões da bancada da bala. Lula quer reduzir o limite de armas por pessoa de 60 para 16.
Em entrevista nesta terça-feira, Lula criticou os clubes de tiros e destacou que a maior parte dos brasileiros está mais preocupada em comprar alimentos do que armas de fogo. “Tem uma meia dúzia de pessoas que querem [abrir clubes de tiro], não vamos abrir. Eu, sinceramente, não acho que o empresário que tem um lugar de praticar tiro é um empresário”, afirmou o petista.
“E já disse para o Flávio Dino, nós temos que fechar quase todos, só deixar aberto aqueles que são da Polícia Militar e do Exército ou da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro, não é a sociedade brasileira, nós não estamos preparando uma revolução”, disse Lula.
“Tinha uma confusão, pode utilizar arma, pode liberar CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Eu acho que nós temos que ter claro o seguinte: por que o cidadão quer uma pistola 9 mm? Por que ele quer? O que ele vai fazer com essa arma? Fazer coleção? Vai brincar de dar tiro? Porque no fundo, no fundo, esse decreto de liberação de arma que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro”, criticou o presidente, sem citar Bolsonaro.
“Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida, não está conseguindo comprar o material escolar do seu filho, não está conseguindo colocar um brinquedo que o moleque precisa no Natal. Então como é que as pessoas que trabalham vão comprar fuzil?”, questionou.
A polêmica sobre armas promete ser o novo embate entre Lula e os bolsonaristas. Neste caso, o movimento pela venda de armas é liderado pelo advogado sul-mato-grossense e deputado federal, Marcos Pollon.