Falhou a estratégia de “queimar” o nome do economista Márcio Pochmann, ligado ao PT, para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Apesar de ter feito movimento contra a indicação, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, será obrigada a “engolir” o professor da Unicamp.
De acordo com o jornal O Globo, durante reunião com a ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Pochmann era sua indicação para presidir o IBGE. Ele ressaltou que era escolha pessoal e praticamente bateu o martelo para indicar o economista, que foi presidente Fundação Perseu Abramo, do PT, o Instituto Lula e do IPEA (Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada).
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Inicialmente, assessores de Simone usaram o jornal carioca para detonar o economista, o qual acusavam de ser heterodoxo e de tentar usar o IBGE para manipular dados para favorecer o Governo, como os índices de inflação e desemprego.
De acordo com o site Metrópoles, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que Simone é disciplinada, leal e não terá problemas com Márcio Pochmann.
“O problema aproxima as pessoas para resolver. E o bom senso, muitas vezes, te obriga a reconhecer que aquele caminho talvez seja o melhor. Em se tratando da Simone, cabe aqui um elogio sincero. É uma pessoa que tem abertura. Ela tem suas posições, suas opiniões, ela se coloca com muita transparência. E ela tem muita abertura para construir”, afirmou Haddad.
A expectativa é de que Pochmann seja nomeado por Simone para presidir o IBGE em agosto.