O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vem perdendo a influência sobre os campo-grandenses na eleição para prefeito de Campo Grande, enquanto a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem subindo. A constatação é da pesquisa do IPEMS (Instituto de Pesquisa de Mato Grosso do Sul), divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Correio do Estado.
Os números mostram que o bolsonarismo vem diminuindo na Capital, famosa pelo alto índice a favor do capitão. Considerando-se a margem de erro de 4,9% para mais ou menos, o liberal e o petista estão empatados tecnicamente no quesito influência sobre o eleitorado campo-grandense. A pesquisa foi realizada com 400 eleitores nos dias 18 e 19 deste mês.
Veja mais:
Adriane e Zeca lideram pesquisa e Beto fica em 3º com cenário sem favoritos, diz IPEMS
Pesquisa Ranking aponta aprovação de 38,25%, de Riedel, de 35% de Lula e 31,5% de Adriane
Riedel obtém aprovação de 56%, Lula de 40,8% e Adriane de 32% na Capital, diz Percent Brasil
Conforme o levantamento, 27,68% dos eleitores admitem seguir a orientação de Bolsonaro na hora de escolher o próximo prefeito da Capital. Esse índice era de 35,88% no final de maio. Já a influência de Lula subiu de 16,43%, há dois meses, para 22,53% neste mês.
Os dois deverão ser os principais cabos eleitorais da sucessão de Adriane Lopes (PP). Bolsonaro já sinalizou que poderá apoiar a reeleição da atual prefeita e abrir mão de candidato próprio pelo PL, que seria o deputado federal Marcos Pollon. Ele também aconselhou outro nome do bolsonarismo, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) a ser candidato a vereador.
Já Lula poderá apoiar o deputado estadual Zeca do PT, de quem é amigo há décadas. No entanto, o ex-governador ainda disputa a indicação com a advogada e ex-candidata a governadora em 2022, Giselle Marques (PT). A deputada federal Camila Jara (PT) corre por fora para ser o nome do partido.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, ficou em 3º lugar em influência, com 6,14%, seguida pelo governador Eduardo Riedel (PSDB0, com 5,73%, da senadora Tereza Cristina (PP), com 4,83%, do senador Nelsinho Trad (PSD), com 4,09%, e do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com 3,41%.
O destaque é Riedel, que está no primeiro mandato e vem subindo na cotação do eleitor. O tucano passou de 4,48% para 5,73%, enquanto Tereza se estabilizou, já que tinha 4,99%.