O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, desencadeou, nesta terça-feira (25) uma operação na faixa de fronteira para desarticular comércio irregular de armas de fogo de uso restrito. Entre os alvos está a empresa Federal Armas, de Dourados.
A empresa douradense é acusada de negociar até com criminosos. Um dos clientes identificados tem mandado de prisão em aberto com condenação a cumprir de 24 anos por tráfico de drogas nacional e internacional. Ele foi preso recentemente em Balneário Camboriú (SC) com um fuzil calibre 5,56, duas pistolas 9mm e um revólver calibre .357, munições, além de mais de R$ 40 mil reais em espécie.
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As investigações apontaram que o fuzil foi comprado na loja de Dourados. Apesar da proibição de vendas de fuzis desde setembro de 2022, a empresa manteve a comercialização das armas de calibre restrito, por valores extremamente baixos, indicando ainda sonegação fiscal.
A ação contou com a participação 50 policiais do Dracco, do GOI (Grupo de Operações de Investigações) e de delegacias da Polícia Civil saíram às ruas para cumprir mandados de busca e apreensão em Dourados e Ivinhema.
Após o balanço e conferência dos objetos, foram apreendidos, no total, 28 fuzis 5,56 nato, 2 pistolas 9mm, 1SMT 9mm, 1 espingarda .357, 1 espingarda calibre 12 e diversos carregadores, segundo o Dracco.
O trabalho tem apoio da Polícia Federal, da Secretaria Estadual de Fazenda e do Exército Brasileiro, para fazer a aferição quanto à regularidade dos processos de comercialização das armas de fogo de uso restrito durante o período de interesse da apuração.
A operação faz parte de ações sistêmicas de combate à corrupção e ao crime organizado chamada de Hórus, programa Guardiões da Fronteira, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.